terça-feira, 25 de novembro de 2008

PAI RICO, PAI POBRE/ SÉRIE 6

Os ricos não trabalham pelo dinheiro

Não contei para meu pai pobre que não estava mais sendo pago. Ele não teria entendido e eu não queria tentar explicar algo que eu próprio ainda não estava entendendo.
Durante três semanas, Mike e eu trabalhamos três horas, todo sábado, sem ganhar nada. O trabalho não me preocupava, e a rotina se tornou mais fácil. O que me deixava danado era perder os jogos de beisebol e não poder comprar os gibis.
Na terceira semana, por volta do meio-dia, apareceu pai rico. Ouvimos seu caminhão chegar ao estacionamento e fazer um barulhão quando o motor foi desligado. Ele entrou na loja e cumprimentou a senhora Martin com um abraço. Depois de verificar como a loja estava indo, ele abriu o freezer dos sorvetes, pegou dois picolés, pagou e chamou a mim e a Mike.
- Vamos dar uma voltinha, moçada.
Atravessamos a rua e fomos para um amplo gramado onde alguns adultos estavam jogando beisebol. Sentando em uma mesa de piquenique afastada, ele deu os picolés para mim e para o Mike.
- Como as coisas estão indo, garotos?
- OK - respondeu Mike. Concordei com ele.
- Aprenderam alguma coisa? - perguntou pai rico. Mike e eu olhamos um para o outro, levantamos os ombros e balançamos a cabeça em uníssono.

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