domingo, 17 de maio de 2009

O ADMINISTRADOR AUSENTE

Por: Raide Namuali
Administrador de empresas pela
Faculdade Campo Real

Palavra Chave: Ausente, Administrador


O ano 2008 foi marcado pela turbulência economica que denomino por "sismo" economico que abalou a sociedade. Lideres mundiais assim como a sociedade em geral, não perceberam como o ladrão entrou na casa e tirou quese tudo que foi construído desde a crise dos anos 30. Quem vive no Brasil dizia que os EUA é quem causou a crise, quem vive na Europa dizia a crise começou na America e por sua vez os EUA diziam que o sistema financeiro internacional é que estava em causa. Afinal quem causou e como causou a crise financeira. Não houve e nem haverá resposta, cada um de nós que faz parte desta sociedade tem um pouco de culpa.

A questão que coloco neste artigo mexe com todos. Ao longo do meu curso de administração de empresas, foi percebendo e aprendendo a teoria geral da administração, o administrador é que planeja, coordena, organiza e controla, somando essas e outras funções do profissional da administração chego a conclusão que algo está errado nas empresas no cenário atual. Afinal quem é o administrador da empresa, é o profissional ou o presidente leigo eleito. Quem pode ser presidente de uma empresa, profissional e leigo.

Aqui ha promiscuidade, provávelmente esta falta de clareza de quem é a responsabilidade de uma determinada atividade deixou a pergunta sem a devida resposta.
Não cabe a mim dizir, mas a sociedade precisa saber quem é o verdadeiro administrador de uma empresa. Quando alguém vai ao hospital sabe de que irá falar com o médico, quando vai no tribunal fica ciente de que irá enfrentar alguém que entende de direito ( Juiz, Promotor de justiça etc), e na empresa por quê não pode ser assim. O que se verifica em algumas organizações é o contrário, quem manda é o leigo ou pessoa formada em outras áreas do conhecimento "administrador ausente".
Frederick Winslow Taylor foi muito claro ao descrever:
1- desconhecimento por parte da gerencia.
2- falta de uniformidade.

A tecnologia evoluiu, mas a sociedade ainda ignora, a globalização pode se comparar com um ovo, qualquer queda pode causar desastre para toda sociedade. Antes da globalização, a administração de uma empresa, seja ela, pública ou privada, o risco de fatores externos era muito menor, hoje qualquer organização é vulnerável a esses fatores. A tecnologia da informação e comunicação revolucionou tudo, o administrador precisa atualizar-se por cada segundo, qualquer detalhe que passar despercebido pode ser uma fatalidade para a empresa. O administrador ausente ou leigo pode não estar preparado para lidar com esses detalhes, afinal quem é o administrador, profissional ou mandatário eleito pelos sócios.

O meu objetivo não é para julgar alguém, mas, alertar " dar a Cesar o que é de Cesar, de Deus o que é de Deus". O tempo do administrador figurado já passou, a globalização mudou tudo, se a empresa quer crescer deve seguir os caminhos certos, multiplicar dinheiro não é tarefa fácil, mas sim uma ação efetiva exercida com honestidade e conhecimento da causa. Pensar em administrar uma empresa com se fosse uma atividade tão simples neste mercado competitivo, é viajar sem destino certo.

No mês de Abril ultimo, realizei uma pesquesa que publiquei neste blog sobre o que os estudantes de administração de empresas achavam sobre o futuro da economia e as expectativas do G20 de Londres, 66% dizeram que estavam otimistas e que a crise poderia gerar muitas oportunidades. A pesquisa foi realizada em duas instituições de ensino superior UNICENTRO e Faculdade Campo Real, a primeira é uma pública e segunda privada.