Apresentação
1. Sempre se apresenta o homem à mulher. Todavia, tratando-se de um religioso, a mulher deverá ser apresentada.
2. Apresenta-se uma pessoa mais moça a uma mais idosa, e a solteira à casada.
3. A mulher deverá estender a mão, antes que o faça o homem que lhe foi apresentado. No entanto, se a pessoa apresentada se limitar a um outro cumprimento, deverá ser correspondido do mesmo modo (exemplo: ligeira inclinação de cabeça).
4. A mulher, em sociedade, nunca se levanta ao ser apresentada a outra mulher, com exceção se esta for a anfitriã ou uma senhora de idade.
5. Os anfitriões não necessitam apresentar todos os convidados entre si, no caso de uma recepção de grandes proporções. Basta apresentar alguns à chegada. E num coquetel usa-se a mesma praxe.
6. O convidado de honra, numa recepção de cerimônia, é apresentado a todos os convidados e deverá ficar ao lado da anfitriã, à entrada e de pé.
Casamentos
Os convites - impressos em cartões de formato grande, duplo ou simples, conforme a elegância da cerimônia o exigir - são distribuídos com trinta dias de antecedência, para que os convidados não assumam outros compromissos. Atenção: as frases como "os noivos receberão os cumprimentos na igreja" são inteiramente indelicadas. Se a recepção é só para alguns convidados após a cerimônia na igreja, estes receberão um convite especial que deve ser colocado no envelope.
A cerimônia do casamento tradicional se mantém, com poucas variações, embora com alguns modismos. Permanece, por exemplo, a presença de duas meninas, ou de um menino, ou de um menino e uma menina, que procedem a noiva na entrada da igreja.
Na sacristia, os noivos, ao receberem os cumprimentos, colocam-se entre seus pais e avós. Os convidados devem limitar suas palavras, evitando efusões por demais cansativas. Cumprimentam-se os membros da família quando não conhecidos, com uma ligeira inclinação de cabeça.
Na recepção, os noivos ou seus pais agradecem a cada convidado os presentes ou flores recebidos, Isto não dispensa o casal de manifestar os agradecimentos por escrito, logo ao chegar da viagem de núpcias. A decoração das mesas deve ser requintada, reservando-se um lugar especial para o bolo clássico. Evitar os enfeites de noivinhos, bonequinhos ou pombinhos, de gosto mais do que duvidoso.
Uma inovação: tornou-se costume elegante convidar dois, três ou mais casais de padrinhos de cada noivo. É uma forma simpática de homenagear um maior número de familiares ou amigos.
À mesa
Serviço: pode-se começar a comer após algumas pessoas terem sido servidas, se o serviço for lento.
Guardanapo: colocar no colo, durante a refeição, aberto totalmente ou não, conforme o tamanho. Usá-lo sempre antes de levar o copo ou o cálice à boca. No final, colocá-lo ao lado do prato, sem dobrar mas também sem o amarrotar.
Talheres: os que estão mais longe do prato são os primeiros a usar e, naturalmente, os últimos são os mais próximos do prato. Não se limpam os talheres com o guardanapo, antes de serem usados. Ao parar de usar os talheres, estes devem ser colocados sobre o prato (a faca na borda) e os cabos nunca apoiados na mesa. Acabando de comer, colocam-se sobre o prato, no sentido perpendicular à borda da mesa.
Garfo e faca: no Brasil usa-se mais a regra de usar o garfo sempre na mão esquerda, à maneira européia. Usando-se a faca e o garfo ao mesmo tempo, seguram-se ambos da mesma maneira, isto é, a extremidade dos cabos na palma da mão, apoiando-se o índex pouco aquém da lâmina da faca ou dos dentes do garfo.
Colher: deve encher-se a colher num movimento contrário à direção da borda da mesa, sempre de lado, posição esta em que deverá ser levada à boca. A disposição dos talheres obedece à ordem seguinte:À esquerda do prato de fora para dentro:
1. Garfo para peixe;
2. Garfo para carne;
3. Garfo para salada; se for servida;
À direita do prato de fora para dentro:
1. Garfo para "hors-dóuvre";
2. Colher para sopa;
3. Faca para peixe;
4. Faca para carne (a que fica sempre junto ao prato).
Copos: são colocados na mesa de acordo com o tamanho do copo e não pela ordem em que vão ser utilizados, para que uns não escondam os outros. É correto arrumá-los da maneira seguinte:
1. Copo para água, à direita do prato e acima das facas;
2. Taça de champanhe, a pequena distância do primeiro;
3. Copo para vinho branco, haste longa, colocado em frente e entre os dois primeiros;
4. Copo para Porto ou Xerex, diante do terceiro um pouco à direita.
Esta ordem, no entanto, não é obrigatória, mas deve respeitar-se a harmonia entre tamanho e a precedência das bebidas.
Salada: antes de se servir, reparar se há prato e talheres especiais para a mesma, normalmente colocados ao lado do prato de jantar.
Porções: não é exigido que se coma tudo que se põe no prato, nem obrigatório deixar um resto de comida.
Pão: parte-se com as mãos em pedaços pequenos, passa-se a manteiga e leva-se à boca com a mão.
Sal e pimenta: é correto usar estes ingredientes, mesmo num jantar de cerimônia.
Espinhas, ossos, azeitonas, etc: a mesma colher que levou o alimento à boca deverá devolver os restos ao prato, como no caso de caroços de frutas em calda. Se for usada a mão (azeitonas ou uvas, entre outras) pode a mesma retorná-los ao prato. Espinhas e ossinhos, de modo discreto, voltam na mão para o prato.
Outras regras: todos sabem que não se deve colocar os cotovelos sobre a mesa, mas também não é bom assumir uma posição de estátua. Ao aceitar um prato, nada se diz, mas quando se o declina é de bom tom dizer: não, muito obrigado. Os copos levam-se à boca segurando-se pela base de seu arqueado e nunca pelas bordas. Não é correto elogiar a comida ou a maneira como foi preparada. Também uma conversa não deverá provocar discussões sobre assuntos políticos, religiosos ou de qualquer natureza que possam de algum modo susceptibilizar algum dos presentes e, muito menos, gesticular com o talher quando se fala. Se mastigar com a boca fechada é preciso lembrar, é de bom tom, no entanto, que se coma devagar, mastigando bem os alimentos, até porque é feio mesmo, usar palitos que, aliás, não devem existir em qualquer recipiente sobre a mesa.
Ao levantar da mesa: o prato não deve ser empurrado, depois de arrumados os talheres sobre ele.
Maçã - uma curiosidade sobre esta fruta: por tradição histórica, nas mais refinadas mesas ou ambientes, a maça é motivo de decoração, por aliar suas belas cores ao seu aroma delicioso. E por lembrar o fruto proibido que Eva, seduzida pela serpente, colher da árvore da Saberoria. Mas nem todos sabem que é chamada, também, de fruta-pão. Assim, numa refeição de cerimônia, a maça deverá ser saboreada, pois quem o fizer demonstrará que ficou satisfeito com as iguarias que foram servidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário