segunda-feira, 22 de setembro de 2008

COMO SOBREVIVER NO MERCADO

PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Introdução


O mercado mundial é conseqüência do primado unificador da tecnologia, movendo fronteiras e proporcionando um novo discurso que ultrapassa interesses meramente regionais. Os problemas passam a ser pensados em escala mundial, ficando o Estado-Nação em xeque e a gravitação dos novos interesses pairando em torno de blocos econômicos.
As empresas, por seu lado, deparam-se com a necessidade de competir globalmente e introduzir em seus modelos de gestão novas filosofias empresariais. A evolução dos processos de administração e planejamento estratégico está relacionada ao ritmo das transformações que ocorrem no ambiente.
Considerado esse contexto, é necessário trabalhar as características fundamentais dos novos paradigmas de gestão e planejamento, que correspondem à era da administração estratégica competitiva, identificando as principais fases relacionadas a essa evolução, enfatizando o enfoque sistêmico sobre o processo de planejamento e gestão estratégica e sua importância.

Criação de um novo paradigma

A evolução do processo de administração estratégica está relacionada ao ritmo acelerado das transformações que ocorrem no contexto mundial. Vale ressaltar que, até a década de 50, o ritmo dessas transformações, tanto na sociedade em geral quanto no mundo dos negócios, era relativamente lento e uniforme. A partir desse período, os critérios da administração científica e do profissionalismo nos negócios superaram a visão empírica e romântica da gestão.

No curso dessa evolução, cria-se um novo paradigma, a era da gestão estratégica e competitiva.

Evolução do planejamento estratégico

Cada uma das fases da evolução do planejamento estratégico engloba e complementa a anterior, de forma que, na evolução da teoria, corrigem-se os aspectos que poderiam limitar ou distorcer seu conjunto...

Fase 1 - planejamento financeiro

A primeira fase de evolução deste modelo tem nos anos 50 sua época predominante. O principal elemento introduzido na administração, naquela época, foi o orçamento anual gerido por um administrador financeiro.
O planejamento financeiro materializado pelo orçamento anual era simples e mostrava-se eficiente.
As empresas estimavam seus gastos com base na previsão de receitas.
Contudo, esse tipo de planejamento normalmente gerava no executivo um comportamento de cumprir o orçamento. Quando essa óptica predomina sobre as demais, a conseqüência é uma ação que inibe a capacidade empreendedora, uma vez que o risco passa a ser evitado e posto em segundo plano a favor dos ganhos de curto prazo.

Fase 2 - planejamento de longo prazo

A década de 60 correspondeu à fase do planejamento de longo prazo e se baseou na premissa de que o futuro seria estimado a partir da projeção de indicadores passados e atuais, que poderiam ser melhorados por uma intervenção ativa no presente. Uma das funções desse tipo de planejamento seria a de preencher lacunas existentes entre os pontos da projeção de referências e os pontos da projeção desejável no futuro.

Dessa forma, a era do planejamento de longo prazo tem como principais características a projeção de tendências e a análise de lacunas. O sistema de valores da empresa é voltado para a projeção do futuro, apresentando como premissas tradicionais sobre mudanças e planejamento...

Fase 3 - planejamento estratégico

A partir da década de 70, a expressão estratégica passou a ser enfatizada pelos executivos. Desenha-se o foco estratégico nas decisões empresariais. A organização passa a ser dividida em três subsistemas hierárquicos – estratégico, tático e operacional – representados pelo Triângulo de Robert Anthony...

Variáveis do planejamento estratégico

Associadas aos subsistemas estratégico, tático e operacional, estão relacionadas como variáveis chave:

Decisões não estruturadas e estruturadas...
O nível estratégico da organização, se depara com decisões complexas e não estruturadas. Tais decisões estão, muitas vezes, associadas a situações novas, inesperadas e de alta incerteza. Já no nível operacional, a estruturação de decisões, são repetitivas, rotineiras, estando, por isso, registradas em normas e procedimentos.

Dados e informações...
Por meio dos sistemas de informações, transformam-se os dados – encontrados em grande volume no nível operacional – em informações fundamentais ao processo de decisão no nível estratégico da organização.

Eficácia e eficiência ...
Para o nível estratégico, o foco é a conquista da eficácia, que é uma medida do alcance de resultados, ficando o critério da eficiência mais relacionado ao nível operacional, com a utilização dos recursos disponíveis no processo.

Evolução e sobrevivência....
A função principal do executivo de nível estratégico é captar as movimentações no ambiente externo à organização, detectando os sinais de mudança relacionados ao seu negócio. A partir daí, é fundamental a proatividade e o alinhamento estratégico para que a empresa alcance sua evolução. No nível operacional, a característica básica é o foco no ambiente interno, com ações no curto prazo, visando à sobrevivência da organização.




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