terça-feira, 7 de outubro de 2008

ERNESTO GOVE MINIMIZA CRISE FINANCEIRA NO PAÍS



Crise financeira não afectará directamente a economia do país2008/10/07
O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, considera que a crise financeira que o mundo enfrenta poderá afectar indirectamente a economia do pais, mas acredita que, no geral, o sistema financeiro moçambicano não será afectado.

Gove justificou a sua posição dizendo que o sector financeiro moçambicano não tem muitas operações com os mercados de capitais internacionais, tendo explicado que `a crise tem fundamentalmente origem nos créditos hipotecários´.`Não há muito investimento das instituições financeiras nesses mercados´, apontou. Para o governador do Banco Central moçambicano, que falava recentemente a AIM, a economia do pais pode ser afectada indirectamente uma vez que os bancos comerciais e Central de Moçambique realizam operações de gestão das suas reservas nos mercados internacionais, vendendo títulos.`Os títulos podem estar afectados pela crise financeira´ considerou, tendosublinhado que `a gestão das reservas bancárias deve ser feito de forma prudente e ver quais são os títulos que não estão susceptíveis de ser afectados pela crise e tomar medidas´.Outro efeito apontado pelo Governador do Banco Central é que os bancos que quiserem investir no mercado monetário terão de enfrentar as taxas de juro mais baixas devido ao facto de as taxas de referência no mercado americano serem muito baixas.`Os bancos que queiram investir no mercado monetário terão que enfrentar taxas de juro baixas no mercado financeiro e os rendimentos serão, consequentemente, baixos´´ explicou. Apesar de considerar que a crise não terá efeitos directos para a economia e sector financeiro moçambicanos, Gove referiu que o Banco Central vai continuar a acompanhar e a monitorar a evolução do problema no mundo.Esta segunda-feira, o director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss Kahn, disse que, por causa da globalização e do nível do fluxo de capitais e intercâmbio comercial, a crise afectaria todo o mundo com a redução da actividade económica.Strauss Kahn, citado pela Agência France Press, sublinhou que as consequências podem ser dramáticas para África, do qual Moçambique faz parte, e América Central, pois significarão fome e desnutrição infantil. Stauss Kahn falava num colóquio entre países da União Européia e da América Latina organizado em Paris, França.

fonte: Portal do Governo

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