António Munguambe devolveu Audi A6 2009/01/15
O ex-ministro dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, entregou a viatura de marca Audi A6, que se encontrava em seu poder, ao parque automóvel da empresa Aeroportos de Moçambique (AdM).
Segundo o Canal de Moçambique, a viatura, com chapa de inscrição MLY 79-78, está parqueada na zona `VIP´ do parque de estacionamento dos ADM, onde em tempos Diodino Cambaza, PCA da empresa e Antenor Pereira, administrador, ambos agora detidos na Cadeia Civil de Maputo, estacionavam as suas viaturas antes de irem parar aos calabouços por sérios problemas de corrupção e desvio de fundos de que estão acusados. A fonte apurou junto a magistratura que Munguambe que já está constituído arguido no processo nº806/PRC/08, juntamente com Cambaza, Pereira e outros funcionários daquela empresa apenas devolveu o Audi à empresa de que nunca foi funcionário, como forma de ter atenuantes no julgamento, uma vez que `ele sempre disse em público que estava a pagar a viatura´ e que por isso não havia problema de ter em seu poder uma viatura de uma empresa do Estado.Tal facto é, a todos os níveis de racionalidade simples, considerado absurdo, uma vez que os Aeroportos de Moçambique são uma instituição sob tutela do Ministério dos Transporte e Comunicações, onde Munguambe era o `chefe mor´ e Cambaza `chefe de sector´. Deu ao seu ministro então uma viatura comprada com fundos da empresa. Descoberto e já acusado Munguambe foi devolver a viatura ao parque, mas entretanto andou anos a fazer uso dela e dizia até que estava a pagar as prestações da mesma.Diodino Cambaza e Antenor Pereira foram detidos a 20 de Outubro passado, por ordem da Procuradoria-Geral da República (PGR). Cambaza e Pereira são indiciados no processo nº806/PRC/08 de desvio de fundos na instituição que dirigiam, num caso baptizado em certos sectores da opinião pública como `dossier Aves de Rapina´ nos Aeroportos de Moçambique. A acusação do Ministério Público (MP) alastra-se ao ex-ministro dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, pelo facto de também ter, alegadamente, beneficiado de bens da empresa. A ADM continua sob tutela do ministério dos Transportes e Comunicações. Na altura em que estes foram denunciados pelos trabalhadores da empresa, Munguambe foi também indiciado de ter usado 300 mil dólares dos cofres da empresa para compra de uma flat para o seu filho, estudante na África do Sul. Na ocasião, Munguambe defendeu-se, referindo que a casa foi comprada na base das suas poupanças fruto de 30 anos de trabalho árduo.Estranhamente, Munguambe aguarda os passos subsequentes deste Caso dos Aeroportos em liberdade.A fonte recorda que Munguambe esteve na eminência de ir a Cadeia Civil, juntar-se aos já seus co-réus, mas uma `ordem superior´ terá produzido um efeito de `morte súbita´ a um mandato de captura, que se chegou a dar como estando em curso dias depois de Cambaza e outros seus colegas agora a contas com a Justiça, mudarem de domicilio para a Kim Il Sung, avenida onde funciona a Cadeia Civil. Sobre a acusação de ter comprado carros, residência e pago despesas de formação de seus filhos na África do Sul com fundos da ADM, Munguambe explicou que possui uma viatura do tipo `4X4´, que comprou no âmbito da alienação de viaturas para os quadros do Estado. Para além desse, Munguambe usava uma outra até há dias. A outra viatura com que andava enquanto ministro e continuava a usar, é pertença da ADM, disse.Acrescentou na altura que pedira que o processo do tal Audi A6, de leasing, passasse para o seu nome, o que não aconteceu.`Entendo que, estando o carro registado em nome da ADM, cabe à empresa decidir se o recolhe ou se vai em frente com o processo de me passar o leasing´, explicou Munguambe, na altura ao jornal Noticias, na edição de 24 de Outubro. Sobre os filhos, disse na altura, que sempre suportou os seus estudos com os seus rendimentos e que a casa na África do Sul comprou-a em 2003. Afirmou-se tranquilo, embora chocado com tudo o que se dizia a seu respeito em desabono das suas habilidades. Realce-se que o defensor oficioso de António Munguambe, é o advogado Abdul Gani.Soube-se pelo SAVANA que o Ministério Público(MP) pede uma indemnização solidária de 42 milhões de meticais( perto de 1,7 milhões de USD) aos cinco arguidos em conexão com o caso Aeroportos de Moçambique.Trata-se dos Arguidos António Munguambe antigo ministro dos Transportes e Comunicações, Diodino Cambaza, PCA dos Aeroportos(ADM), António Bulande, ex-chefe do gabinete de de Munguambe e Deolinda Matos, directora da S.M.S, uma empresa de prestação de serviços participada pelos Aeroportos e Linhas Aéreas de Moçambique.Para além desse valor o MP pediu que se efectuasse a devolução da viatura audi A6 desponibilizado a António Munguambe. Segundo o canal de Moçambique essa devolução já foi efectuada.Foi exigida a confiscação da residência sita na Rua Francisco Barreto atribuida ao PCA Diodino Cambaza, a apreensão e reversão a favor do Estado da casa atribuída a Francisco Simbine o congelamento das contas dos arguidos foi outra exigência do MP.
fonte: Canal de Moçambique/ SAVANA
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