sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

MAIS DE 50% DO OE 2009 VIRÁ DE FONTES EXTERNOS


OE de 2009 altamente dependente da ajuda externa2008/12/19

O Orçamento do Estado (OE) para 2009 continuará altamente dependente da assistência externa, com os recursos vindos do estrangeiro a representarem cerca de 55 por cento do envelope global.

Por outras palavras, a contribuição da assistência externa no OE de 2009 será de 57.820,30 milhões de meticais, contra 46.506,30 milhões de meticais (ou seja 45 por cento) provenientes dos recursos internos.Comparativamente ao ano prestes a findar, cujo OE foi estimado em 89.002,65 milhões de meticais, em 2009 este valor deverá aumentar em 17 por cento ao se fixar em 104.32,6 milhões de meticais.Numa análise da proposta do Orçamento do Estado para 2009, feita em Maputo, durante um evento promovido pela Fundação para o Desenvolvimento da
Comunidade (FDC) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), foi igualmente referido que a desconcentração de fundos e o processo de descentralização continuarão a ser processos morosos dado que no próximo ano, 75 por cento dos recursos do OE serão geridos a nível central.A proposta do OE de 2009, indica que o Governo elegeu como prioritários os sectores da Saúde (17.151 milhões de meticais); Educação (16.167 milhões de meticais) e infra-estruturas (10.731 milhões de meticais) e prevê o início do processo de reforma dos salários da função pública, bem como o incremento do quadro de pessoal em 16.000 novos funcionários em particular para os sectores da Educação (12.000) e Saúde (1.200).Numa apresentação elaborada por Albino Francisco e Hélder Machango, a análise refere ainda que a componente externa do investimento representa cerca de 40 por cento da despesa pública.`A distribuição de recursos no OE levanta questões a cerca de como é que os recursos são alocados para as grandes prioridades nacionais. Exemplos: Agricultura (Revolução Verde) e Acção Social´, referem os analistas. O Orçamento de Estado de 2009 aumentou na ordem de 68 por cento em comparação com 2008 (17.151.413 mil meticais – correspondentes a 16.4 por cento do total da despesa pública prevista para o próximo ano, contra 10.207.398 mil meticais (11.5 por cento do total da despesa pública em 2008).Oitenta por cento dos recursos alocados no sector serão provenientes da ajuda externa, enquanto que 82 por cento da dotação orçamental será gerida a nível central e apenas 18 por cento a nível provincial.`A alocação orçamental per capita mostra diferenças significativas na distribuição de fundos por província. A província da Zambézia é a mais prejudicada´, referem.Haverá uma redução da porção de recursos destinados ao sector da
Educação em relação ao volume global do OE, de 16 por cento em 2008 para 15.5 por cento em 2009. Porém, o sector registará um aumento em valor absoluto em cerca de 9 por cento (16.167.009 mil meticais em 2009, contra 14.820.671 mil meticais em 2008).Prevê-se ainda um aumento significativo da alocação de recursos para o ensino superior (+ 31 por cento em valor absoluto), contudo, haverá um crescimento real negativo no ensino geral (+ 5 por cento em valor absoluto).Alocação per capita do Orçamento mostra diferenças significativas na distribuição dos recursos por província. A província da Zambézia é também a mais sacrificada. A Direcção

Nacional de Água (DNA) é o principal corpo responsável pelo sector de Água e Saneamento, mas esta, por si só, não é uma unidade orgânica orçamental. Segundo a análise que temos vindo a fazer referência, a DNA não aparece reflectida na tabela de despesas do OE e consequentemente não recebe uma alocação explícita do OE.O sector de Água e Saneamento é altamente dependente do apoio externo (cerca de 90 por cento do volume global do orçamento de investimento, ou seja, 5.395.001 mil meticais contra apenas 598.251 mil meticais ou apenas 10 por cento da componente interna de investimento).O OE de 2009 prevê uma dotação orçamental na ordem de 6.2 por cento do total da despesa pública, o que representa um aumento em cerca de 25 por cento do valor alocado em 2008.A proposta do OE de 2009 prevê alocar apenas 0.9 por cento do volume global do OE para este sector.A provisão de verbas para a assistência social através dos programas do Instituto Nacional de Acção Social (INAS) aumentará em cerca de 31 por cento, contudo, a alocação orçamental para o Ministério da Mulher e Acção Social (MMAS) decrescerá em cerca de 30 por cento.A alocação orçamental per capita para os programas do INAS mostra diferenças na alocação de fundos por província, sendo Zambézia a mais sacrificada.

fonte: Noticias

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PERSONALIDADE DO ANO

Obama é eleito personalidade do ano pela revista 'Time'
Há 17 horas

WASHINGTON (AFP) — O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, foi escolhido nesta quarta-feira pela revista Time "personalidade do ano" de 2008, superando o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy.
"Por sua segurança na hora de acenar com um futuro ambicioso neste período sombrio, e por sua capacidade de mostrar qualidades que dão aos americanos a esperança de que ele terá sucesso nesta missão, o presidente eleito é a personalidade do ano da Time", justificou a revista americana.
Henry Paulson, secretário americano do Tesouro e autor do plano de 700 bilhões de dólares destinado a salvar o sistema financeiro, chegou em segundo lugar, à frente do presidente francês Nicolas Sarkozy, da ex-candidata republicana à vice-presidência Sarah Palin e do cineasta chinês Zhang Yimu, mestre de cerimônia dos Jogos Olímpicos de Pequim.
A Time, que elegera no ano passado o russo Vladimir Putin, destacou que escolhe sempre "a ou as personalidades que tiveram mais influência sobre o mundo e sobre nossas vidas, tanto de forma positiva como negativa".
Em uma entrevista concedida à revista, Barack Obama reconheceu ter conquistado em 4 de novembro "uma vitória decisiva" sobre seu adversário republicano John McCain, mas fez questão de manter a modéstia. "Os americanos não querem um presidente pretensioso", explicou.
Observando que recebeu "um mandato claro para a mudança", Obama, que assume oficialmente no dia 20 de janeiro, disse esperar "um ano complicado em 2009", devido à recessão mundial.
"Se fizermos as escolhas certas, acho que conseguirei limitar os danos em 2009 e ver em 2010 o início de uma trajetória ascendente para a economia", comentou.
O autor da matéria sobre Sarkozy é o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que qualificou o chefe de Estado francês de "força da natureza, longe de um dirigente político tradicional".
"Ele tem energia, idéias e vitalidade de sobra, como mostrou em sua maneira de lidar com a crise georgiana e a recessão mundial", observou Blair. "Esse verdadeiro líder é capaz de tomar decisões, e de aplicá-las. Ele percebe os problemas, e quer resolvê-los. Melhor ainda: ele acha que pode conseguir", argumentou.
Para o ex-premier britânico, que mantinha relações pouco amistosas com o ex-presidente francês Jacques Chirac, Sarkozy "recolocou a França no mapa". "Ele tem uma verdadeira estatura mundial. As pessoas podem concordar ou discordar de suas idéias, mas não podem ignorá-lo", resumiu, enaltecendo a reaproximação franco-britânica ensaiada pelo Eliseu (sede da presidência francesa).
Representante do Quarteto para o Oriente Médio, Blair considerou que Paris pode desempenhar um papel importante nas negociações de paz entre Israel e os palestinos, por ter se posicionado como "um amigo" do Estado hebreu.
Durante a presidência francesa da União Européia, "a Europa pareceu falar com uma única voz", sobretudo na Geórgia, onde Sarkozy negociou um cessar-fogo, ressaltou Blair, para quem "a Europa tinha uma voz, uma presença, uma política".
Sobre Henry Paulson, a Time elogiou o piloto de uma intervenção do Estado na economia "sem precedente na história dos Estados Unidos, com exceção, talvez, da Segunda Guerra Mundial".
Em se tratando de Sarah Palin, a revista enalteceu "uma mulher que relançou a campanha de John McCain e provou que uma mãe de cinco filhos podia se lançar numa carreira política de envergadura nacional".

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CONHEÇA OS MEIOS DA LOGÍSTICA

Aspectos do transporte

Com o passar dos anos vão surgindo cada vez mais transportes, e estes são cada vez mais distintos e com muitos géneros diferentes, emergem constantemente vários tipos de veículos e meios de transporte por todo o globo.
O campo de transporte apresenta diversos aspectos: eles podem ser divididos em infraestrutura, veículos e operações comerciais. Infraestrutura inclui a rede de transporte rodoviária, férrea, aérea, fluvial, tubular, etc. que é usada, assim como os terminais (como aeroportos, estações de comboio, portos, terminais de autocarro. Os veículos, como automóveis, bicicletas,autocarros,comboios e aviões, geralmente trafegam na rede. Operações estão relacionadas com a maneira como os veículos operam na rede e o conjunto de procedimentos especificados para o propósito desejado, incluindo o ambiente legal (leis, códigos, regulamentos, etc.). Políticas, como por exemplo financiar o sistema, podem ser consideradas parte das operações.
De maneira ampla, o projeto da rede viária é do domínio da engenharia civil e planejamento urbano; o projeto de veículos, da engenharia mecânica e de sectores especializados como engenharia naútica, e engenharia aerospacial; e as operações são geralmente especializadas, as vezes pertencendo a engenharia de sistemas.

Modos e categorias

Transporte terrestre

O transporte terrestre é o movimento de pessoas e mercadorias por terra. Inclui o transporte rodoviário, ou seja, por estrada, e o transporte ferroviário, por via-férrea.

Veículos de transporte terrestre

Trem/Comboio
Carro
Ônibus/Autocarro/Microônibus
Caminhão/Camião
Bonde/Eléctrico
Metrô/Metropolitano/trem
Motocicleta/Motorizada
Bicicleta

Transporte marítimo

O transporte marítimo é o movimento de pessoas e mercadorias pelo mar ou rios, em barcos e navios, usado principalmente para movimentar mercadorias em longas distâncias nos navios de carga ou em viagens turísticas nos transatlânticos.

Veículos de transporte marítimo / Fluvial

Submarino
Barca ou Balsa ou barco ou navio
Hovercraft
Jetski
Canoa
Lancha
Góndola
Transatlântico

Transporte aéreo

O transporte aéreo é o movimento de pessoas e mercadorias pelo ar usando aviões ou helicópteros, usado preferencialmente para movimentar passageiros ou mercadorias urgentes ou de alto valor.
A aviação brasileira cresceu muito nos últimos anos. Com o surgimento de novas companhias aéreas e a modernização das demais, foi possível aumentar o número de assentos disponíveis na malha aérea.
O Brasil conta atualmente com duas grandes companhias aéreas (TAM e GOL) e outras de menor atuação, como a VARIG e Ocean Air, além das empresas de aviação regional. Com a competição entre as companhias foi possível melhorar o serviço e reduzir tarifas. Grandes companhias internacionais também operam no Brasil como American Airlines, Continental Airlines, Delta Airlines, United Airlines, Lufthansa, Iberia, TAP Portugal, Japan Airlines, South African Airways, British Airways, Air France, Air Canada, Varig , Tam , entre outras.

Veículos de transporte aéreo

Avião
Helicóptero
Balão
Dirigível
Avioneta
Jato

Transporte tubular

O transporte tubular é utilizado normalmente para transportar produtos através de condutas tubulares, normalmente petróleo e gás natural. São mais conhecidas como:
Gasoduto - no caso de transporte de gás natural
Oleoduto - no caso de transporte de petróleo e seus derivados
Os oleodutos e gasodutos também são conhecidos pela expressão inglesa pipeline. É o meio de transporte, para grandes quantidades, mais seguro e econômico que existe.
Estima-se que no Brasil, 500.000.000 de litros de hidrocarbonetos sejam transportados diariamente através de oleodutos. No Brasil também são transportados suco de laranja e minério de ferro através deste método.
O transporte tubular tem como principais vantagens:
A redução dos custos de transporte de líquidos, a médias e a longas distâncias;
A diminuição da poluição, pois os riscos de acidente e de derrame ou fuga são reduzidos.

CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR/ 4

CAPÍTULO V
DOS DIREITOS

Art. 8º São direitos do profissional da Administração:
I - exercer a profissão independentemente de questões religiosas, raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, condição social ou de qualquer natureza, inclusive administrativas;
II - apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições, quando as julgar indignas do exercício profissional ou prejudiciais ao cliente, devendo, nesse caso, dirigir-se aos órgãos competentes, em particular ao Tribunal Regional de Ética e ao Conselho Regional;
III - exigir justa remuneração por seu trabalho, o qual corresponderá às responsabilidades assumidas a seu tempo de serviço dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre salários, velando, no entanto, pelo seu justo valor;
IV - recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada, onde as condições de trabalho sejam degradantes à sua pessoa, à profissão e à classe;
V - suspender sua atividade individual ou coletiva, quando a instituição pública ou privada não oferecer condições mínimas para o exercício profissional ou não o remunerar condignamente;
VI - participar de eventos promovidos pelas entidades de classe, sob suas expensas ou quando subvencionados os custos referentes ao acontecimento;
VII - votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou entidades da classe, respeitando o expresso nos editais de convocação;
VIII - representar, quando indicado, ou por iniciativa própria, o Conselho Regional de Administração e as instituições públicas ou privadas em eventos nacionais e internacionais de interesse da classe;
IX - defender-se e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua dignidade profissional;

X - auferir dos benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando melhor servir ao seu cliente, à classe e ao País;
XI - usufruir de todos os outros direitos específicos ou correlatos, nos termos da legislação que criou e regulamentou a profissão do Administrador.

CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR/ 3

CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES

Art. 7º É vedado ao Administrador:
I - anunciar-se com excesso de qualificativos, admitida a indicação de títulos, cargos e especializações;
II - sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgação de textos de publicidade que resultem em propaganda pessoal de seu nome, méritos ou atividades, salvo se em exercício de qualquer cargo ou missão, em nome da classe, da profissão ou de entidades ou órgãos públicos;
III - permitir a utilização de seu nome e de seu registro por qualquer instituição pública ou privada onde não exerça pessoal ou efetivamente função inerente à profissão;
IV - facilitar, por qualquer modo, o exercício da profissão a terceiros, não habilitados ou impedidos;
V - assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios à sua orientação, supervisão e fiscalização;
VI - organizar ou manter sociedade profissional sob forma desautorizada por lei;
VII - exercer a profissão quando impedido por decisão administrativa transitada em julgado;
VIII - afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem razão fundamentada e sem notificação prévia ao cliente;
IX - contribuir para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la, ou praticar, no exercício da profissão, ato legalmente definido como crime ou contravenção;
X - estabelecer negociação ou entendimento com a parte adversa de seu cliente, sem sua autorização ou conhecimento;
XI - recusar-se à prestação de contas, bens, numerários, que lhes sejam confiados em razão do cargo, emprego, função ou profissão;
XII - revelar sigilo profissional, somente admitido quando resultar em prejuízo ao cliente ou à coletividade, ou por determinação judicial;
XIII - deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Administração, bem como atender às suas requisições administrativas, intimações ou notificações, no prazo determinado;

XIV - pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou função que esteja sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de concorrência desleal;
XV - obstar ou dificultar as ações fiscalizadoras do Conselho Regional de Administração;
XVI - pleitear comissões, doações ou vantagens de quaisquer espécies, além dos honorários contratados;

CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR/ 2

CAPÍTULO III
DOS DEVERES

Art. 6º São deveres do Administrador:
I - respeitar os princípios da livre iniciativa e da livre empresa, enfatizando a valorização das atividades da microempresa, sem desvinculá-la da macroeconomia, como forma de fortalecimento do País;
II - propugnar pelo desenvolvimento da sociedade e das organizações, subordinando a eficiência de desempenho profissional aos valores permanentes da verdade e do bem comum;

III - capacitar-se para perceber que, acima do seu compromisso com o cliente, está o interesse social, cabendo-lhe, como agente de transformação, colocar a empresa nessa perspectiva;
IV - contribuir, como cidadão e como profissional, para incessante progresso das instituições sociais e dos princípios legais que regem o País;
V - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independência profissional;
VI - manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua atividade profissional;
VII - conservar independência na orientação técnica de serviços e órgãos que lhe forem confiados;
VIII - emitir opiniões, expender conceitos e sugerir medidas somente depois de estar seguro das informações que tem e da confiabilidade dos dados que obteve;
IX - utilizar-se dos benefícios da ciência e tecnologia moderna objetivando maior participação nos destinos da empresa e do País;
X - assegurar, quando investido em cargos ou funções de direção, as condições mínimas para o desempenho ético-profissional;
XI - pleitear a melhor adequação do trabalho ao ser humano, melhorando suas condições, de acordo com os mais elevados padrões de segurança;
XII - manter-se continuamente atualizado, participando de encontros de formação profissional, onde possa reciclar-se, analisar, criticar, ser criticado e emitir parecer referente à profissão;
XIII - considerar, quando na qualidade de empregado, os objetivos, a filosofia e os padrões gerais da organização, cancelando seu contrato de trabalho sempre que normas, filosofia, política e costumes ali vigentes contrariem sua consciência profissional e os princípios e regras deste Código;
XIV - colaborar com os cursos de formação profissional, orientando e instruindo os futuros profissionais;
XV - comunicar ao cliente, sempre com antecedência e por escrito, sobre as circunstâncias de interesse para seus negócios, sugerindo, tanto quanto possível, as melhores soluções e apontando alternativas;
XVI - informar e orientar ao cliente, com respeito à situação real da empresa a que serve;

XVII - renunciar ou demitir-se do posto, cargo ou emprego, se, por qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiança para com seu trabalho, hipótese em que deverá solicitar substituto;
XVIII - evitar declarações públicas sobre os motivos da sua renúncia, desde que do silêncio não lhe resultem prejuízo, desprestígio ou interpretação errônea quanto à sua reputação;
XIX - transferir ao seu substituto, ou a quem lhe for indicado, tudo quanto se refira ao cargo, emprego ou função de que vá se desligar;
XX - esclarecer o cliente sobre a função social da empresa e a necessidade de preservação do meio ambiente;
XXI - estimular, dentro da empresa, a utilização de técnicas modernas, objetivando o controle da qualidade e a excelência da prestação de serviços ao consumidor ou usuário;
XXII - manifestar, em tempo hábil e por escrito, a existência de seu impedimento ou incompatibilidade para o exercício da profissão, formulando, em caso de dúvida, consulta aos órgãos de classe;
XXIII - recusar cargos, empregos ou funções, quando reconhecer serem insuficientes seus recursos técnicos ou disponibilidade de tempo para bem desempenhá-los;
XXIV - divulgar conhecimentos, experiências, métodos ou sistemas que venha a criar ou elaborar, reservando os próprios direitos autorais;
XXV - citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional após sua assinatura em documentos referentes ao exercício profissional;
XXVI - manter, em relação a outros profissionais ou profissões, cordialidade e respeito, evitando confrontos desnecessários ou comparações;
XXVII - preservar o meio ambiente e colaborar em eventos dessa natureza, independentemente das atividades que exerce;
XXVIII - informar, esclarecer e orientar os estudantes de Administração, na docência ou supervisão, quanto aos princípios e normas contidas neste Código;
XXIX - cumprir fiel e integralmente as obrigações e compromissos assumidos, relativos ao exercício profissional;
XXX - manter elevados o prestígio e a dignidade da profissão.

CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR/ 1

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
DO ADMINISTRADOR
PREÂMBULO

I - De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual .
II - A busca dessa satisfação ocorre necessariamente dentro de um contexto social, onde outras tantas pessoas perseguem o mesmo objetivo, o que as torna comprometidas com a qualidade dos serviços que presta à população e com o seu aprimoramento intelectual.
III - A busca dessa satisfação individual, num contexto social específico - o trabalho - ocorre de acordo com normas de conduta profissional que orientam as relações do indivíduo com o cliente, o ambiente e as pessoas de sua relação.
IV- A busca constante da realização do bem comum e individual - que é o propósito da Ética - conduz ao desenvolvimento social, compondo um binômio inseparável.
V - No mundo organizacional, cabe ao Administrador preponderante papel de agente de desenvolvimento social.
VI - O Código de Ética Profissional do Administrador é o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e está fundamentado num conceito de ética direcionado para o desenvolvimento, servindo simultaneamente de estímulo e parâmetro para que o Administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ação mais eficaz diante da sociedade.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O exercício da profissão de Administrador implica em compromisso moral com o indivíduo, cliente, a organização e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegáveis.
Parágrafo único. A infringência a esse preceito resulta em sanções disciplinares aplicadas pela Associação dos Administradores de moçambique, mediante ação do Tribunal Regional de Ética dos Administradores (TREA), cabendo recurso ao Tribunal Superior de Ética dos Administradores (TSEA), obedecidos o amplo direito de defesa e o devido processo legal, independentemente das penalidades estabelecidas nas leis do país.
Raide Namuali
Entrevista: Harry Beckwhit
Resumo: Entrevista

Analise / Critica do Contudo

Resumo

Ao analisar criteriosamente, especialmente a partir da leitura da entrevista concedida ao Harry Beckwhit especialista em Marketing de marcas, constada-se que o autor cita quatro chaves do Marketing nomeadamente: preço marca, embalagem e os relacionamentos.
Segundo Harry, as empresas que se dedicam a serviços, na opinião do autor os detalhes que atraem e retêm os clientes deveriam estar a cargo do gerente de marca porque é a marca que se vê nos uniformes dos funcionários, peças publicitárias, nas instalações e comunicação visual. Segundo ele tudo isso deviria falar a mesma linguagem para passar uma mensagem coerente.

Harry beckwhit também cita que há evidencia de falta de relacionamentos após a evolução da tecnologia, os relacionamentos de sentar frente a frente de olhar os clientes nos olhos para fazer negocio está ficando cada vez mais difícil devido ao mundo virtual.

Critica

Observando as quatro chaves de Marketing moderno citado pelo Harry, sou da opinião de que o market share de uma empresa é assegurado por duas coisas principais: a marca e a imagem, porque a prestação de bons serviços ao cliente projeta a imagem e a marca da empresa em contrapartida o consumidor sente que recebe algo mais do seu dinheiro. Citamos aqui o exemplo da logística e top of mind da coca-cola sua marca é conhecida mundialmente até os paises mais pobres do mundo têm acesso ao produto resultante de serviços da cadeia de distribuição extensiva.

O autor também foi muito exagerado quanto à questão de clientes que procuram preços dizendo não são fieis. Eu acho que se a empresa prestar bons serviços esses clientes podem se adaptar aos preços sugeridos pela organização.
Na verdade em uma economia de mercado não existe cliente 100% fiel a uma única empresa sempre a tendência é de comparar os preços e garantia do produto.



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

SEGREDOS QUE O RH NÃO REVELA


Quem merece não consegue aumento - Pedir aumento usando um 'eu mereço' como argumento é a melhor maneira de conseguir um 'não' como resposta. A empresa não quer saber se você merece ou não, mas se você agrega valor para os negócios. Então, esse deve ser sempre o pano de fundo do seu pedido.

Nem pense em tirar um mês de férias - Hoje, com a velocidade com que as coisas acontecem, esse é o caminho certo para se tornar dispensável. As companhias são como organismos que se adaptam rapidamente a uma condição adversa, no caso, sua ausência. Melhor tirar uma semana de cada vez. Sete dias são a medida certa para fazer as pessoas sentirem falta de você e de seu trabalho.

Para perder a batalha, comece a se defender - Em algum momento da carreira, você vai se confrontar com alguém. Isso é certo. Assim como também é certo que a empresa (e o chefe) não quer saber quem tem ou não razão. O que está sendo observado é como você lida com a situação. Por isso, na hora da discussão, resista à tentação de se defender. Simplesmente ouça. Pode apostar que você vai ser visto com outros olhos se começar a se comportar dessa maneira.

OS 7 PECADOS MORTAIS NA ENTREVISTA


Pecado 1 : Faltar sem JustificativaO mercado de trabalho anda muito concorrido e só o fato do seu currículo ter sido escolhido e selecionado para uma entrevista, já é uma vitória, portanto oportunidade de entrevistas não podem ser descartadas.

Pecado 2 : Não chegar no horárioO horário é fundamental para avaliarmos o comprometimento de um candidato em relação ao seu desejo pelo emprego, sua postura profissional, sua administração do tempo e até mesmo etiqueta empresarial.
Pecado 3 : Não saber o que está no currículoObservamos que muitos profissionais não lembram de sua jornada profissional, precisam checar no currículo se a informação está correta, e acabam fazendo uma verdadeira confusão de datas e empresas.
Pecado 4 : Levar Acompanhante (adulto ou criança)Esse é outro ponto extremamente desagradável. Muitos(as) levam o(a) cônjuge, namorado(a), mãe, até mesmo filhos de colo já vieram acompanhando as mães.

Pecado 5 : Falar mal do antigo trabalhoPor pior que tenha sido a sua vida profissional em seu último emprego, jamais... digo... jamais, fale mal do seu antigo trabalho ou dos seus colegas.
Pecado 6 : Atender o Telefone CelularTelefones celulares são ótimas ferramentas, mas em algumas situações eles se tornam um transtorno. Alertamos aos profissionais para desligarem ou programarem seus aparelhos para o modo silencioso antes de entrarem para a entrevista.
Pecado 7 : Vestimenta InadequadaA primeira imagem é a que fica. Estar trajado adequadamente para a vaga pleiteada é fundamental. Para cargos gerenciais indica-se um traje social, isso tanto para homens como para mulheres. Já para vagas intermediárias como de analistas ou trainee, um esporte fino pode ser aplicável, mas claro, tudo dependerá da vaga pleiteada: não vá me aparecer em uma loja de roupas esportivas de terno e gravata!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

FATORES CRITICOS DE SUCESSO


Introdução

Na sociedade de hoje, o banco de conhecimentos de uma instituição se torna rapidamente sua única vantagem competitiva sustentável. Como tal, esse recurso deve ser desenvolvido por meio de metodologias, cultivado e compartilhado por todos os membros da instituição.

Até recentemente, as empresas podiam alcançar sucesso por meio do conhecimento individual de alguns poucos ocupantes de posições estratégicas. No entanto, quando concorrentes prometem mais conhecimento como parte de seus serviços, a competição termina. Por quê? Porque o conhecimento organizacional não substitui, mas sim complementa o conhecimento individual, tornando-o mais forte e mais abrangente. Portanto, a utilização plena do banco de conhecimentos de uma instituição, por meio de metodologias combinadas com as idéias, com as inovações, com os pensamentos, com as competências e com as habilidades individuais, capacitará a empresa a competir mais eficazmente no futuro.
Hoje, poucos duvidam de que o conhecimento tenha um imenso valor. Os insights de um analista de investimentos sênior a respeito de como fazer dinheiro, por exemplo, podem nunca aparecer no balanço da empresa, mas têm um valor óbvio. Caso ele vá para uma outra empresa, esse conhecimento irá junto com ele. Por isso, é fundamental o estudo de metodologias para todas as empresas que pretendam ser competitivas no mundo dos negócios de hoje. Entender os fatores críticos de sucesso, compartilhar conhecimento e metodologias tornaram-se enormes desafios.
Neste contexto é necessário uma metodologia para formulação de um plano estratégico, diferenciando os conceitos visão / missão, destacando questões-chave para o estudo e desenvolvimento de cenários de uma organização.

Fcs

Em um mercado competitivo, existem algumas áreas em que as empresas devem caminhar com precisão para prosperar. Tais fatores devem ser medidos quantitativamente e qualitativamente para se ter uma visão do estado da empresa e o nível de penetração em seu mercado, gerando relatórios que serão úteis no balizamento e definição das estratégias presentes e futuras - se bem utilizados.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

MÉDICO E ADMINISTRADOR SÃO MELHORES PAGOS NO MERCADO DE TRABALHO

Médico e administrador são profissões mais bem pagas

03/12/2008
Médicos e administradores estão no topo da lista de profissões mais bem pagas do país, de acordo com o estudo 'O Retorno da Educação no Mercado de Trabalho', divulgado hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).Os médicos com mestrado ou doutorado estão no topo da lista de chance de ocupação, com 93% de probabilidade de estar empregado. Esta categoria tem uma remuneração salarial média de R$ 8.966. Em compensação, os médicos também lideram a lista do número de horas trabalhadas por semana, com uma jornada média de 52,02 horas.Já os médicos com graduação tem um salário médio de R$ 6.705 e uma probabilidade de ocupação de 90%. No sentido oposto, os formados em teologia estão entre as piores colocações e em terceiro lugar na jornada de trabalho, com 49,03 horas semanais.Para saber a média salarial de sua profissão, já dividida por critérios de sexo, raça, idade e grau urbano, clique aqui. A FGV lembra, no entanto, que os salários do quadro são de 2000 e precisam ser multiplicados por 1,55 para se chegar aos valores atuais corrigidos pela inflação.Relação educação/salárioPara a FGV, a pesquisa comprova a relação direta entre escolaridade e remuneração. 'A hierarquia educacional se reflete na hierarquia dos resultados observados no mercado de trabalho, ou seja, aquele que estudou mais recebe salários mais altos e tem maiores chances de conseguir trabalho', afirmou o coordenador do estudo, o economista Marcelo Neri.Ele destaca que a pesquisa pode ser instrumento tanto do desenho de políticas públicas como para auxiliar a escolha do cidadão na hora de prestar vestibular ou escolher um curso de pós-graduação de acordo com o retorno que cada profissão pode oferecer.Veja abaixo os 40 primeiros da lista com os salários já atualizados:*Os salários incluem a renda de todos os trabalhos, ou seja, os dados incluem a renda de mais de um emprego de médicos ou advogados, por exemplo.
1- Medicina (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 8.966,07
2- Administração (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 8.012,10
3- Direito (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 7.540,79
4- Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 7.085,24
5- Engenharia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 6.938,39
6- Medicina (graduação)Salário médio: R$ 6.705,82
7- Outros cursos de engenharia (graduação)Salário médio: R$ 6.141,05
8- Engenharia mecânica (graduação)Salário médio: R$ 5.576,49
9- Engenharia civil (graduação)Salário médio: R$ 5.476,85
10- Outros cursos de mestrado ou doutoradoSalário médio: R$ 5.439,32
11- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 5.349,96
12- Geologia (graduação)Salário médio: R$ 5.285,77
13- Engenharia elétrica e eletrônica (graduação)Salário médio: R$5.231,07
14- MilitarSalário médio: R$ 5.039,14
15- Ciências agrárias (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 5.028,37
16- Outros cursos de ciências biológicas e da saúde (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 4.947,44
17- Engenharia química e industrial (graduação)Salário médio: R$ 4.844,92
18- Outros cursos de ciências humanas e sociais (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 4.677,14
19- Direito (graduação)Salário médio: R$ 4.649,63
20- Ciências econômicas (graduação)Salário médio: R$ 4.644,67
21- Agronomia (graduação)Salário médio: R$ 4.356,56
22- Propaganda e marketing (graduação)Salário médio: R$ 4.199,05
23- Odontologia (graduação)Salário médio: R$ 4.075,63
24- Administração (graduação)Salário médio: R$ 4.006,61
25- Outros cursos de ciências exatas e tecnológicas, exclusive engenharia (graduação)Salário médio: R$ 3.949,86
26- Curso superior de mestrado ou doutorado (ainda não concluído)Salário médio: R$ 3.928,07
27- Letras e artes (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 3.864,82
28- Estatística (graduação)Salário médio: R$ 3.846,21
29- Arquitetura e urbanismo (graduação)Salário médio: R$ 3.835,08
30- Medicina veterinária (graduação)Salário médio: R$ 3.758,94
31- Física (graduação)Salário médio: R$ 3.516,52
32- Química (graduação)Salário médio: R$ 3.516,52
33- Comunicação social (graduação)Salário médio: R$ 3.435,09
34- Formação de professores de disciplinas especiais (graduação)Salário médio: R$ 3.408,60
35- Farmácia (graduação)Salário médio: R$ 3.381,98
36- Ciências da computação (graduação)Salário médio: R$ 3.325,40
37- Outros de ciências agrárias (graduação)Salário médio: R$ 3.278,04
38- Pedagogia (mestrado ou doutorado)Salário médio: R$ 3.219,14
39- Ciências contábeis e atuariais (graduação)Salário médio: R$ 3.105,60
40- Outros de ciências humanas e sociais (graduação)Salário médio: R$ 3.099,10


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u474686.shtml

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

SEGURANÇA NO TRABALHO


Foi a partir da revolução industrial, quando o trabalho deixou de ser artesanal, manual e passou a ser industrializado, que ocorreu um estrondoso aumento no número de acidentes de trabalho (antes disso pelo fato do trabalho ser artesanal, a ocorrência era bem menor). Um dos fatos que levou a este aumento foi a exploração da mão-de-obra de mulheres e crianças, que enfrentavam longos turnos (que variavam de 12 a 16 horas diárias) recebendo menos por seu trabalho em relação aos homens, além de dispor de pouca experiência, falta de equipamentos de proteção entre outros (CARVALHO, 2005 p. 06).
Com a industrialização dos produtos, crescimento de fábricas, introdução de máquinas, surgiram também problemas para os operários que estavam expostos a riscos antes não encontrados. Desde então o homem vem buscando meios de prevenir doenças e acidentes decorrentes do trabalho. (CARVALHO, 2005 p. 08)
Acidente de trabalho pode ser definido, segundo o artigo 19 da lei 8.213, publicada em 24 de julho de 1991 como aquele “que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente". Sendo assim, pode levar a morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho.
Considera-se acidente de trabalho
- Doença profissional que é produzida ou desencadeada pelo exercício de determinado trabalho;
- Acidente que ocorre durante o trajeto entre a residência do trabalhador e o local de trabalho;
- Doença do trabalho, a qual é adquirida ou desencadeada pelas condições em que a função é exercida. O que também se equipara a acidentes de trabalho são aqueles sofridos pelos trabalhadores no horário e local de trabalho, devido a agressões, sabotagens ou atos de terrorismo praticados por terceiros ou colegas de trabalho.

SAUDE DO TRABALHO


Iluminação: objetivos· conciliares a redução de acidentes e erros de produção, com o bem-estar das pessoas da organização obtendo a critérios técnicos; providências evitar diversos problemas individuais, por exemplo: a cefaléia (dor de cabeça), fadigas e problemas oculares;
Ruído: O som é constituído pela freqüência e intensidade, há restrições quanto à influência do ruído (período de exposição e variação de volume) podendo causar perda parcial ou completa de audição. Ex: telefonistas;
Temperatura: pessoas trabalham sob temperaturas elevadas ou baixas, causando fadigas e outros problemas de saúde, além redução na qualidade do trabalho. As organizações têm de fornecer EPIs e constatar se estão sendo utilizados e se estão em condições de uso.
NR-9: “Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador”.
Riscos físicos: “as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais (ar comprimido ou rarefeito), temperaturas extremas (calor, no caso das usinas siderúrgicas; o frio, no caso dos frigoríficos), radiações ionizantes (raios – X, raios alfa, beta e gama),radiações não ionizantes (micro-ondas, radiações infra vermelhas, radiações ultra violeta e iluminação), bem como o infra-som e o ultra-som”;
Riscos físicos: “as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais (ar comprimido ou rarefeito), temperaturas extremas (calor, no caso das usinas siderúrgicas; o frio, no caso dos frigoríficos), radiações ionizantes(raios – X, raios alfa, beta e gama),radiações não ionizantes (micro-ondas, radiações infra vermelhas, radiações ultra violeta e iluminação), bem como o infra-som e o ultra-som”;
Riscos biológicos: “Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros”.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

. Definição de Risco: É uma medida de incerteza, está associada a probabilidade de fracasso ou sucesso de determinado evento;

. A razão de existir de uma empresa é obter lucros;

. Todas as empresas submetem-se a vários tipos de risco;

. Risco é uma escolha e não uma causalidade;

. Uma boa gestão (administração) deve:
–Identificar;
–Mensurar;
–Avaliar os riscos;
–Tomar decisões
. A administração de riscos direciona ações no sentido de:
–Diversificar os riscos;
–Eliminar riscos desnecessários;
–Reduzir riscos aumentando a rentabilidade;
. A gestão do Risco utiliza-se de ferramentas

Resolução:
1. Encontra-se a média das vendas diárias;
2. Calcula-se a diferença entre as vendas de cada dia e a média;
3. Eleva-se ao quadrado os desvios a redor da média;
4. Soma-se todos os quadrados desviados;
5. Divide-se o resultado pelo total de observações menos 1;
Temos a Variância
6. Extrai-se a raiz quadrada da variância;
Temos o Desvio Padrão

MACROECONÓMIA/ SÉRIE 2

Comportamentos e funcionalidade macroeconômica

1 - Introdução

O objetivo deste capítulo é construir um instrumental analítico para posteriormente se fazer análises de políticas macroeconômicas. Com este instrumental poderemos ter uma idéia mais clara das relações entre os agentes econômicos, suas motivações, ou seja, os fatores que afetam seus comportamentos e a interação entre seus comportamentos individuais e as restrições macroeco-nômicas.
Veremos, por exemplo, que as famílias se comportam ativamente, respondendo às mudanças de uma série de variáveis. Primeiro, elas definem o montante de sua renda líquida que é destinado ao consumo e o montante que é destinado à poupança. Segundo, elas agem como que se maximizassem uma função utilidade, restritos à renda disponível. Daí resulta a demanda por produtos, os quais podem ser oriundos de produção interna ou importados.
O governo, por seu lado, não apresenta um comportamento endógeno ativo na economia. A sua receita é definida pelos diferentes tributos, cujas alíquotas são exógenas. Os componentes da despesa são, via de regra, considerados constantes em termos reais ou obedientes a uma determinada taxa exogenamente definida de crescimento ou redução.
As empresas são, presumidamente, minimizadoras de custos de produção e, dessa forma, comportam-se ativamente na escolha ótima do emprego de fatores e uso de insumos intermediários. Esta escolha é feita com base nos preços e restringidos a uma determinada tecnologia de produção. Além disso, com base nos preços relativos e na produção, elas decidem a proporção ótima entre vendas da produção no mercado doméstico ou externo de forma a maximizar sua receita. Da resolução dos problemas de minimização de custos das empresas e de maximização de receita obtém-se a demanda de fatores, a oferta para o mercado doméstico e a oferta para exportações. As decisões quanto ao investimento dependem, fundamentalmente, da demanda e, consequentemente, da sua produção.
O resto do mundo, conforme a suposição de país pequeno, age no sentido de adquirir toda a produção ofertada para exportação pelo país em estudo, ao preço internacional. Da mesma forma, ele atende a todas as necessidades de importações deste país, cobrando o preço internacional para cada produto. Alternativamente, pode-se considerar o resto do mundo como um monopólio que define os preços das importações e um monopsônio que estabelece o preço das exportações do país em estudo.
Para uma melhor compreensão das inter-relações existentes entre os agentes e os mercados da economia, observe o fluxograma da Figura 8, o qual mostra a estrutura básica da economia brasileira, conforme o instrumental analítico utilizado neste trabalho.

2º AXIOMA MENOR



Resista à tentação das diversificações.

Diversificação. Examinemos o que quer dizer esta palavra, e como ela pode afetar os seus esforços para ficar rico.
No sentido usado pela comunidade de investimentos, significa espalhar o dinheiro. Esticá-lo ao máximo. Colocá-lo numa porção de pequenas especulações, em vez de em umas poucas e grandes.
Segurança: esta é a idéia por trás da atitude. Seis dos seus investimentos dando em nada, talvez outros seis dêem em alguma coisa. Se a U-Lá-Lá Eletrônica falir e sua ação cair para 3 centavos de dólar, é possível que a sua especulação com a Oba-Oba Computadores resulte melhor. E se tudo desabar, ao menos os seus títulos municipais talvez se valorizem, mantendo-a à tona. A idéia é esta. Na ladainha dos aconselhamentos convencionais de investimentos, “uma carreira diversificada” está entre os objetivos mais procurados e reverenciados. Só uma coisa é melhor: uma carteira diversificada só de investimentos padrão. Se é isto que você tem então está com tudo!
É o que eles gostam de dizer. O fato é que a diversificação, ao reduzir os riscos, reduz também, na mesma medida, qualquer esperança que você possa ter de ficar rico. A maioria de nós, aventureiros de classe média, começamos as nossas proezas especulativas com um capital limitado. Digamos que você dispõe de 5.000 dólares, e quer que o seu bolso cresça. O que vai fazer com seu dinheiro? A sabedoria convencional manda diversificar. Fazer dez apostas de 500 dólares cada. Seriam, por exemplo, 500 dólares de GM, já que a indústria automobilística parece numa boa fase; 500 no open, para o caso de as taxas subirem; 500 em ouro, para cobrir a possibilidade de tudo o mais dar errado, e assim por diante.
Pronto: todas as eventualidades estão cobertas. Dá um quentinho na barriga, não dá? Você está protegido de praticamente todos os perigos - inclusive do perigo de enriquecer.
A diversificação tem três grandes defeitos:
1. Obriga-o a violar o preceito do 1º Axioma Menor, de que se devem sempre fazer apostas que valham a pena. Se o seu capital inicial todo já não é grande coisa, diversificá-lo só piora. Quanto mais se diversifica, menores se tornam as especulações. Levada a situação a extremos, você pode acabar com quantias que realmente não valem nada. Como observamos no 1º Axioma Menor, um grande ganho sobre um capital pequeno deixa-nos praticamente onde começamos: pobres. Digamos que Oba-Oba
Computadores foi brilhante, e o preço da ação dobrou. Quanto você ganhou? Quinhentas pratas. Não é por aí que você vai atingir as alíquotas mais altas do imposto de renda.
2. Ao diversificar, você cria uma situação em que, provavelmente, ganhos e perdas acabam se cancelando e
o deixando exatamente onde começou - no ponto zero.
Você comprou dois papéis que, digamos, não eram exatamente investimentos padrão: Oba-Oba Computadores e U-Lá-Lá Eletrônica. Se as duas empresas fossem abençoadas, e viessem a disparar, pensou você, suas ações subiriam. Tudo bem vamos dizer que tenha acertado os palpites. As empresas prosperaram e lhe proporcionaram um ganho de 200 dólares em cada especulação de 500 dólares.
Na hora em que você estava comprando U-Lá-Lá e Oba-Oba, porém, o seu conselheiro de investimentos, solenemente, alertou-o de que era melhor proteger-se de riscos, através da diversificação. Para o caso de mau tempo, costumava ele sentenciar, era bom ter um pouco de papéis conservadores e outro pouco de ouro. Você, então, foi lá e comprou 500 dólares em ouro e outros 500 num fundo que opera com títulos de 50 anos do Departamento de Estradas de Rodagem do seu estado natal. São títulos perfeitos, isentos de impostos, e nunca se deram mal. De repente, você está no meio de uma explosão na economia. Como há muita demanda de capital pelo comércio, e de crédito aos consumidores, os juros disparam, o que derruba o valor dos seus papéis com juros prefixados. Caíram em 100 dólares. Quanto ao ouro, quem tem o metal amarelo está freneticamente vendendo, a fim de fazer dinheiro. Todo mundo quer aplicar em ações, que estão disparando, ou pôr o dinheiro nos novos tipos de contas bancárias, que pagam aqueles juros fenomenais. O valor escoa do seu ouro como se de um balde furado e, logo, o que você comprou por 500 dólares está valendo 200. Muito bem, você ganhou 400 dólares nas ações, e perdeu 400 nos títulos e no ouro. Qual é a graça?
3. Ao diversificar, você vira um artista de circo que tenta manter no ar uma porção de bolas ao mesmo tempo. Bolas demais.
Se tiver somente umas poucas especulações em andamento e uma ou duas se derem mal, dá para adotar uma posição defensiva. O 3º Grande Axioma, além de outros, refere-se a esta situação. Mas se tem uma dúzia de bolas no ar e a metade delas começa a ir na direção errada, as suas chances de escapar incólume do dilema não são lá essas coisas.
Quanto maior o número de especulações em que você entra, mais tempo e estudos terá de dedicar-lhes. A confusão pode se generalizar. Quando as coisas começam a dar errado - o que é inevitável, como você sabe – e surge um problema atrás do outro, você pode acabar à beira do pânico. Geralmente, o que acontece numa situação dessas, especialmente com novatos no mercado, é que ficam paralisados. Como são pressionados a tomar decisões difíceis demais, depressa demais, acabam não fazendo coisa nenhuma. Conseguem apenas ficar estáticos, cheios de espanto, vendo o seu dinheirinho derreter diante dos seus olhos arregalados.
Quando se pensa nesses três grandes defeitos da diversificação, colocando-os diante da sua única qualidade - a segurança -, diversificar já não nos parece algo tão bom assim. Um pouco de diversificação, provavelmente, não fará mal. Três boas especulações, talvez quatro, até uma meia dúzia, se sua atração por tal quantidade for forte o bastante. Pessoalmente, não gosto de ter mais de quatro de uma só vez; a maior parte do tempo, especulo em três ou menos - às vezes numa coisa só. Uma quantidade maior me faz sentir desconfortável. Isto vai muito da preferência pessoal, e da maneira de pensar de cada um. Se achar que pode operar eficazmente com um número maior, tudo bem.
Mas não diversifique só por diversificar. Você se torna um concorrentezinho num concurso de supermercado, no qual o objetivo é encher o cesto o mais rápido possível. Acaba indo para casa com um monte de porcarias caras que nem queria. Ao especular, você deve pôr o seu dinheiro em alternativas que realmente o atraiam, e em mais nenhuma. Jamais compre alguma coisa só porque precisa arredondar “uma carteira diversificada”.
Como dizem alguns, em Wall Street: “Ponha todos os seus ovos no mesmo cesto, e tome conta do cesto”.
Este é o único clichê financeiro que resiste a análise. O primeiro que o disse não era certamente dado a diversificações. É muito mais fácil tomar conta de um, ou de uns poucos cestos, do que uma dúzia deles. Quando a raposa aparecer querendo roubar os ovos, você poderá cuidar dela sem ter de ficar correndo em círculos.
Estratégia Especulativa
Façamos uma rápida revisão do 1º Grande Axioma. Especificamente, o que ele aconselha a fazer com o seu dinheiro?
Manda arriscá-lo. Não tenha medo de se machucar um pouco. Geralmente, a taxa de risco em que estará envolvido não chega a ser de arrepiar os cabelos. Ao se decidir a enfrentá-la, estará se dando a única chance realista de pôr-se acima da pobreza.
O preço a pagar por esta chance gloriosa é um estado de preocupação permanente. Esta preocupação, porém, insiste o 1º Grande Axioma, não é a doença que a moderna psicologia acredita ser. É o molho forte e picante da vida. Quando você se habituar com seu gosto, não passará mais sem ele.

1º AXIOMA MENOR

Só aposte o que valer a pena.

Um antigo clichê diz que “só se deve apostar o que se possa perder”.
Ouve-se isto em Las Vegas, em Wall Street e onde quer que se arrisque dinheiro em busca demais dinheiro,
Lê-se a mesma coisa em livros que oferecem conselhos sobre investimentos e administração financeira do tipo convencional. É tão repetido, em tantos lugares, que acabou adquirindo uma aura de verdade, exatamente como os clichês psicanalíticos sobre manter a calma.
Antes, porém, de incluí-lo no seu instrumental especulativo, é melhor estudá-lo com cuidado. Como a maioria das pessoas o interpretam, é uma fórmula que praticamente garante maus resultados.
O que será uma soma “que se possa perder”? A maioria talvez a definisse como “uma soma que, se eu perder, não vai doer”. Ou, “uma soma que, se eu perder, não representará diferença significativa no meu bem-estar financeiro”.
Por outras palavras, 1 ou 2 dólares, ou 20 dólares, ou algumas centenas. Essas são as quantias que a maior parte da classe média consideraria “perdível”. Em conseqüência, é com esse tipo de dinheiro que a maioria da classe média especula, se é que o faz. Mas, veja bem: se apostar 100 dólares e dobrar o dinheiro, você continua pobre. A única maneira de derrotar o sistema é apostando quantias que valham a pena. Claro, isto não significa que deve jogar com somas que, perdidas, levariam você à bancarrota. Afinal de contas, há o aluguel a pagar, as crianças precisam comer. Mas significa, isto sim, que tem de superar o medo de se machucar.
Se a quantia for tão pequena que a sua perda não represente diferença significativa, o mais provável é que tampouco trará ganhos significativos. A única maneira de ganhar muito apostando pouco é correr atrás de uma possibilidade em milhões. Você pode, por exemplo, comprar um bilhete de loteria por 1 dólar e ganhar 1 milhão. É gostoso sonhar com isto, mas, de tão grandes, as probabilidades contra são de deprimir. No curso normal de uma jogada especulativa, você tem que começar disposto a se machucar, nem que seja um pouquinho. Talvez prefira começar modestamente e, à medida que for ganhando experiência e confiança na solidez da sua psique, ir aumentando a dosagem de preocupação. Cada especulador acaba encontrando o seu próprio nível de tolerância a riscos. Alguns, como Jesse Livermore, apostam com tal ousadia que são capazes de quebrar com espantosa rapidez - o que, conforme já vimos, com Jesse ocorreu quatro vezes. O seu nível de risco era tão elevado que assustava os outros especuladores, inclusive os mais calejados. Frank Henry, cujo nível de risco era mais baixo, costumava analisar as jogadas de Jesse e chegar em casa balançando a cabeça, cheia de espanto. - O homem é louco! - dizia.
Certa vez, ele calculou que, se todas as suas especulações lhe explodissem na cara de uma vez, num único e imenso cataclísma, quando a poeira assentasse ele estaria valendo mais ou menos a metade do que valia ao começar.
Perderia 50 %. De outro ponto de vista, preservaria 50 %. Era esse o nível de tolerância à preocupação que ele escolhera.
Outro que acreditava em apostas que valessem a pena era J. Paul Getty, um dos reis do petróleo. A sua história é instrutiva. A maioria das pessoas parece pensar que ele herdou a sua imensa fortuna do pai, ou que, pelo menos, herdou o começo dela. A verdade é bem outra. J. Paul Getty fez fortuna sozinho, começando como um especulador comum, de classe média, como você ou eu.
Ficava irritadíssimo quando diziam que tinha recebido a vida numa salva de prata.
- De onde vem essa idéia? - certa vez ele gritou para mim, exasperado. (Havíamos nos encontrado na sede da Playboy. Ele era acionista da empresa, durante alguns anos foi editor de economia da revista e nela publicou 34 artigos. Era a sua maneira de relaxar, quando não estava ganhando rios de dinheiro.) Finalmente, Getty concluiu que era a imensidão da sua fortuna que fazia quase todo mundo pensar precipitada e erradamente. As pessoas, evidentemente, achavam difícil acreditar que um homem sozinho pudesse começar com uma soma modesta, padrão classe média, e transformá-la em 1 bilhão de dólares. Pois foi exatamente o que J. Paul Getty fez. A única vantagem que teve sobre você ou sobre mim foi que começou no início do século, quando tudo custava mais barato e não existia imposto de renda. Além de alguns modestos empréstimos, não levou um tostão do pai, frio e intimidante. E os empréstimos foram cobrados nos prazos estabelecidos, não valendo desculpas de qualquer natureza. A coisa mais valiosa que Getty recebeu do pai foi instrução, não dinheiro.
George F. Getty era um advogado de Minneapolis, especulador autodidata, que acertou na mosca na corrida do petróleo em Oklahoma, no começo do século, e criou regras que se parecem um pouco com alguns dos Axiomas de Zurique. Era um homem sério, de inabaláveis convicções plantadas na Ética do Trabalho. Como J.
Paul escreveria depois, na Playboy: “George F. não admitia a idéia de que o filho de um homem rico devesse ser mimado, estragado, ou que recebesse dinheiro de presente quando já tivesse idade bastante para ganhar sua própria vida.” Assim, J. Paul teve de sair em busca de sua própria fortuna.
No começo, achou que queria ser diplomata ou escritor, mas a paixão do pai pela especulação estava no seu sangue. Foi atraído para Oklahoma, para o petróleo. Trabalhando nos campos, juntou algumas centenas de dólares. À medida que cresciam suas economias, crescia também a sua vontade de arriscá-las. Foi então que ele demonstrou compreender o princípio básico do 1º Axioma Menor. Aprendera-o com o pai:

Só aposte o que valer a pena.
Com 50 dólares, ou até menos, poderia ter se associado a algum negócio. Não faltavam dessas oportunidades.
Os campos de petróleo andavam cheios de independentes e de grupos de especuladores que precisavam de dinheiro para continuar perfurando poços. Por uns poucos dólares, vendiam parcelas mínimas das suas operações a qualquer um. Mas Getty sabia que com essas participações minúsculas não ficaria rico nunca.
Saiu atrás de coisa maior. Perto da Vila de Stone Bluff, encontrou um especulador oferecendo 50% de um direito de prospecção sobre uma área que Getty achou promissora. Resolveu arriscar. Ninguém ofereceu mais, e J. Paul Getty, assim, acabava de ingressar oficialmente no ramo do petróleo.
Em janeiro de 1916, o primeiro poço-teste da área mostrou-se um sucesso: mais de 700 barris/dia. Pouco depois, Getty vendeu a sua parte por 12.000 dólares, e foi desse modo que a sua fabulosa fortuna começou.
- Claro que tive sorte - diria ele, anos mais tarde, recordando a sua primeira jogada. - Podia ter perdido. Mas, mesmo que isso houvesse acontecido, não teria modificado a minha convicção de que aquele era o risco a correr. Assumindo tal risco (e não era pequeno, devo admitir), eu estava me dando a possibilidade de alcançar algo interessante. Possibilidade veja bem, esperança. Se houvesse recusado a oportunidade, não teria tido a esperança.
Ele ainda acrescentou que, se tivesse perdido, não teria sido o fim do seu mundo. Simplesmente voltaria a cavar algum dinheiro, e tentaria de novo.
- Me parecia, então, que eu tinha muito mais a ganhar do que a perder - recordaria Getty. - Se ganhasse, seriam várias maravilhas juntas. Perdendo, doeria, mas não lá essas coisas. O caminho a tomar parecia claro. O que você teria feito?

O 1º GRANDE AXIOMA DO RISCO/ SÉRIE 2


Preocupação não é doença, mas sinal de saúde.
Se você não está preocupado, não está arriscando o bastante
.

Há muitos anos, duas jovens formadas pela mesma universidade resolveram buscar juntas as suas fortunas.
Foram para Wall Street e trabalharam numa série de empregos. Acabaram ambas como funcionárias da E. F.
Hutton, uma das maiores corretoras do mercado. Foi assim que conheceram Gerald M. Loeb.
Falecido há alguns anos, Loeb foi um dos mais respeitados assessores de investimentos do mercado. Aquele gênio calvo era um veterano das diabólicas baixas da década de 30, e das fantásticas altas que seguiram à
Segunda Guerra Mundial. Através de tudo isto manteve a cabeça fria. Nasceu pobre, morreu rico. Seu livro The

Battle for Investment Survival (A Batalha Pela Sobrevivência em Investimentos) talvez seja a mais popular cartilha sobre estratégia de mercado já escrita. É, com toda certeza, das que se lêem com maior prazer, pois Loeb era um contador de histórias nato.
Essa, das duas jovens, ele contou certa noite, quando jantávamos, Frank Henry, ele e eu, num restaurante perto da Bolsa. Chamava atenção para um aspecto, que Loeb achava importante assinalar, a respeito de correr riscos.
Tímidas, as jovens procuraram-no pedindo conselhos sobre investimentos. Foram conversar com ele em diferentes ocasiões, mas Loeb sabia que eram muito amigas e, com certeza, comparariam o que lhes dissesse. No começo, a situação financeira das duas era idêntica. Haviam iniciado promissoras carreiras e, em questões de salários e de status, faziam modestos progressos. Seus salários começavam a ser mais do que precisavam para cobrir as necessidades básicas de suas vidas. A cada ano, depois do acerto do Imposto de Renda, sobrava alguma coisa. Embora não fosse muito, era o suficiente para deixá-las preocupadas acerca de onde investir tais economias, pois, ao que tudo indicava, no futuro haveria mais. Perguntaram a Gerald Loeb o que fazer.
Tomando chá com torradas num dos seus pontos favoritos, o paternal Loeb tentou explicar-lhes as diferentes possibilidades. Rapidamente, porém, tornou-se aparente que ambas já tinham decidido. O que procuravam era tão somente a confirmação de que estavam certas.
Ao contar esta história, Loeb maliciosamente chamava uma de Sylvia, a Sóbria, e a outra de Mary, a Louca.
Em termos financeiros, a ambição de Sylvia era encontrar o abrigo da segurança absoluta. Queria o seu dinheiro numa conta remunerada ou noutra espécie de poupança que praticamente lhe garantisse retorno e preservação do capital. Mary, por seu lado, aceitava certos riscos, esperando fazer crescer o seu capitalzinho de forma mais significativa.
Levaram adiante suas respectivas estratégias. Um ano depois, Sylvia tinha o seu capital intacto, os juros e uma gostosa sensação de segurança. Mary andava toda escalavrada. Tomara uma coça num mercado tumultuado.
Desde a compra inicial, suas ações tinham caído cerca de 25 %.
Sylvia foi generosa o bastante para não espezinhar a outra com um “eu não disse?” Ao contrário, mostrou-se horrorizada:
- Que coisa horrível! - exclamou, ao tomar conhecimento das desventuras da amiga. - Puxa, você perdeu um quarto do seu dinheiro! Que horror!
Como acontecia às vezes, os três almoçavam juntos. Loeb observava Mary com toda atenção. Ficou quieto esperando a reação dela às manifestações de solidariedade de Sylvia. Temia que as primeiras perdas desencorajassem Mary, fazendo-a sair do jogo, como acontece com muitos especuladores neófitos. (“Todos esperam grandes ganhos instantâneos”, dizia ele, se lamentando. “Quando não triplicam o dinheiro no primeiro ano, saem batendo portas feito crianças mimadas”.) Mary, porém, tinha garra. Sem se abalar, sorriu:
- Pois é...tive prejuízo. Mas veja só o que mais eu consegui... - Reclinou-se sobre a mesa, aproximando-se da amiga: - Sylvia, eu estou vivendo uma aventura!
A maioria das pessoas agarra-se à segurança como se fosse a coisa mais importante do mundo. E a segurança parece ter muito a seu favor. Faz com que a pessoa se sinta protegida; é como estar numa cama quentinha em noite de inverno. Cria uma sensação de tranqüilidade.
A maioria dos psicólogos e psiquiatras da atualidade diria que isto é bom. Uma das principais convicções da psicologia moderna é que a sanidade mental significa, acima de tudo, manter-se calmo. Essa pouco examinada convicção domina, há décadas, o pensamento analítico. Um dos primeiros livros a tratar desse dogma chamou-se How to Stop Worryng and Start Living (“Como Para de se Preocupar e Começar a Viver”), e The Relaxation
Response (“A Reação Relaxada”) é um dos mais recentes. Os analistas garantem que as preocupações nos fazem mal. Eles não oferecem nenhuma prova confiável de que tal assertiva seja verdadeira. Ela se transformou em verdade aceita simplesmente por ser repetida infinitas vezes.
Os devotos de disciplinas místicas e meditacionais, especialmente as asiáticas, vão mais longe. Valorizam tanto a tranqüilidade que, em muitos casos, estão dispostos até a suportar a pobreza em nome dela. Algumas seitas budistas, por exemplo, afirmam que não se deve lutar pela posse de bens materiais, e que a pessoa deve até abrir mão dos que possui. A teoria diz que, quanto menos o indivíduo tiver, menos terá com que se preocupar.
É claro que a filosofia dos Axiomas de Zurique diz exatamente o oposto. Libertar-se das preocupações pode até ser uma coisa boa, em certos sentidos. Mas qualquer bom especulador suíço lhe dirá que, se o seu principal objetivo na vida é fugir das preocupações, então você nunca deixará de ser pobre.
E vai morrer de tédio.
A vida é para ser vivida como uma aventura, não vegetando. E pode-se definir aventura como um episódio no qual se enfrenta algum tipo de risco e se procura superá-lo. Ao enfrentar riscos, a sua reação natural, sadia, será a de entrar num estado de preocupação.

Preocupações são parte integrante dos grandes prazeres da vida. Casos de amor, por exemplo. Se você teme se comprometer e assumir riscos, jamais se apaixonará. Sua vida será calma como um lago azul, mas quem quer uma vida assim? Outro exemplo: os esportes. Um acontecimento esportivo é um episódio no qual os atletas, e por tabela os espectadores, se expõem a riscos - com os quais se preocupam loucamente. Para a maioria dos espectadores, é uma pequena aventura, para os atletas, uma aventura de grandes proporções. É uma situação na qual o risco é cuidadosamente criado. Nós não iríamos assistir a eventos esportivos, nem qualquer outra competição, se não nos dessem alguma forma de satisfação básica. Precisamos de aventuras.
Às vezes, talvez precisemos também de tranqüilidade. Mas isto não nos falta à noite, quando dormimos, além de em algumas horas passadas acordados, na maioria dos dias. Em 24 horas, oito ou dez de tranqüilidade deveriam ser suficientes.
Sigmund Freud compreendia a necessidade de aventura. Embora se mostrasse confuso com o “objetivo” da vida, e tivesse uma tendência a perder-se em incoerências quando tratava do assunto, não tinha ele a improvável convicção de que o objetivo da vida é ter calma. Muitos dos seus discípulos acreditavam nisto, mas não ele. Na realidade, fazia até um esforço para ridicularizar a ioga e outras disciplinas psicorreligiosas asiáticas, que considerava como as expressões máximas da escola de sanidade mental que tem o “mantenha a calma” por princípio. Na ioga, o objetivo é alcançar a paz interior à custa de tudo o mais. Como observou Freud em O Mal
Estar Na Civilização, qualquer pessoa que alcance plenamente os objetivos de uma tal disciplina, “sacrificou a sua vida”. Em troca de quê? “Terá apenas alcançado a felicidade da quietude.” Parece mau negócio.
A aventura é que dá sabor à vida. E a única maneira de viver uma aventura é expondo-se a riscos.
Gerald Loeb sabia disso. Daí não poder aprovar a decisão de Sylvia, a Sóbria, de pôr o seu dinheiro na poupança.
Mesmo quando os juros estão relativamente mais altos, qual é o lucro? No começo do ano, você entrega 100 dólares ao banqueiro. No fim do ano, ele lhe devolve 109. Grande vantagem! Fora à chatice.
É bem verdade que, em qualquer país civilizado, num banco sério, os seus 100 dólares estão seguros. A menos que ocorra uma grande calamidade econômica, você não perderá coisa alguma. No decorrer do ano, os juros podem baixar um pouquinho, mas o banqueiro jamais lhe devolverá menos que os 100 dólares originais.
Mas, cadê a graça? Cadê o desafio? Cadê a emoção?
E, principalmente, cadê alguma esperança de ficar rico?
Além do mais, sobre os juros - os 9 dólares - é cobrado imposto de renda. O que sobrar deve dar para empatar com a inflação, se tanto. Desse modo, você jamais conseguirá qualquer mudança substancial na sua situação financeira.
Tampouco ficará rico através de salário. É impossível. A estrutura econômica mundial está montada contra você. Se um emprego for a base do seu sustento, o máximo que pode esperar é passar pela vida sem ter que mendigar um prato de comida. E nem isto é garantido.
Estranho como possa parecer, a maioria dos homens depende exatamente é de salários, e de alguma economia a que possam recorrer em caso de emergência. Frank Henry vivia se irritando com o fato de a classe média ser inexoravelmente empurrada nessa direção, por questão de educação e de condicionamento social.
- Nem a criançada escapa - costumava resmungar. - Professores, pais, orientadores, todo mundo fica martelando na cabeça da criança: faça o seu dever, ou não vai arranjar um bom emprego. Um bom emprego...
Como se isto fosse a ambição máxima de um ser humano. E por que não uma boa especulação? Por que não falam com as crianças a respeito disso?
Eu fui uma criança com quem falaram - e muito - a respeito. A regra básica de Frank Henry dizia que só a metade do potencial de uma pessoa deveria ser aplicada em ganhar um salário; a outra metade devia ser aplicada em investimentos e especulações.
Porque a pura verdade é a seguinte: a menos que você tenha pais ricos, a única maneira de sair da pobreza - sua única esperança - é submeter-se a riscos.
Certo, é claro, trata-se de uma rua de mão dupla. Assumir riscos implica a possibilidade de perda, em vez de ganho. Ao especular com seu dinheiro, você se arrisca a perdê-lo; em vez de acabar rico, pode acabar pobre.
Mas, veja as coisas por outro ângulo: como um assalariado comum, perseguido pelo imposto de renda e arrasado pela inflação, carregando boa parte do mundo nos seus pobres ombros, a sua situação financeira, de qualquer forma, já é uma droga. Então, que diferença faz, realmente, se ficar um pouquinho mais pobre, na tentativa de se tornar mais rico?
E, tendo os Axiomas de Zurique como parte do seu equipamento, é improvável que fique mais pobre. Tem é chance de se tornar muito mais rico. Há mais espaço para subir do que para descer, e, aconteça o que acontecer, você pelo menos estará vivendo uma aventura. Com o potencial de ganho tão maior que o de perda, o jogo está armado a seu favor.
As amigas de Gerald Loeb, Sylvia e Mary, ilustram o que pode acontecer. A última vez que soube delas, estavam com cinqüenta e poucos anos. Ambas se haviam casado e divorciado, e ambas continuavam a administrar suas finanças da maneira como haviam conversado com Loeb, no começo de suas carreiras.
Sylvia tinha posto todas as suas economias em poupança, CDBs, títulos municipais isentos de impostos e outros abrigos “seguros”. Os títulos municipais não eram tão seguros quanto lhe haviam dito, pois durante a louca e inesperada subida das taxas de juros, na década de 70, todos perderam boa parte do seu valor. A poupança e os CDBs mantiveram intacto o resto do seu capital, mas a inflação de dois dígitos na década de 70, igualmente inesperada, desgastou desastrosamente o poder de compra do dinheiro de Sylvia.
O seu melhor negócio, enquanto estava casada, foi a compra de uma casa. Ela e o marido eram como proprietários.
Quando se divorciaram, acertaram a venda da casa, dividindo meio a meio o apurado. O imóvel havia valorizado muito ao longo do tempo, e ambos saíram com bem mais do que haviam investido. Ainda assim, Sylvia não estava rica, longe disso. Depois do divórcio, voltou a trabalhar numa corretora, e está obrigada a continuar trabalhando até atingir a idade de aposentadoria, quando passará a receber uma pensão. Não será grande coisa, mas dela não poderá prescindir, porque o que tem não é suficiente para garantir-lhe a velhice. Sylvia organizou sua vida financeira em torno do salário como sustentação principal. Não morrerá de fome, provavelmente, mas terá sempre de pensar duas vezes antes de comprar um par de sapatos. Com seus gatinhos de estimação, passará o resto da vida num conjugado, que nunca será aquecido o bastante no inverno.

Quanto a Mary, está rica.
Como qualquer um que não seja maluco, ela sempre se preocupou com a segurança do seu capital, mas jamais permitiu que essa preocupação se impusesse a tudo o mais na sua filosofia financeira. Assumiu riscos.
Passado o penoso começo, alguns riscos começaram a produzir resultados. Ganhou muito dinheiro na excelente fase da Bolsa, na década de 60, mas o que garantiu realmente as suas especulações foi o ouro.
Os americanos puderam começar a usar o metal amarelo como investimento em 1971, quando o então presidente Nixon rompeu o elo oficial entre o ouro e o dólar. Até então, o preço do ouro era imóvel - 35 dólares a onça troy. Com a decisão de Nixon, o preço disparou, mas Mary andou rápido. Contra os conselhos de inúmeros assessores financeiros conservadores, comprou contratos do metal a preços entre 40 e 50 dólares a onça.
Antes do final da década, o preço atingiu 875 dólares. Mary vendeu a maior parte do que comprara a preços em torno de 600 dólares. Até então, gozava de uma situação financeira confortável; daí em diante, estava rica.
É proprietária de uma casa, um apartamento na cidade e outro numa ilha do Caribe. Passa boa parte do tempo viajando - de primeira classe, é óbvio. Faz muito que largou o emprego. Como conversara com Gerald Loeb, o salário era um detalhe no seu quadro financeiro. Os dividendos que recebia sempre foram maiores que o seu salário. Parecia-lhe desproporcional, então, passar cinco de cada sete dias ganhando aquela miséria.
É verdade que, ao longo dos anos, os assuntos financeiros deram muitas preocupações a Mary; provavelmente, preocupações bem maiores do que Sylvia jamais conheceu. Na sua pobre velhice, isto talvez vá servir de algum consolo para Sylvia. Ela jamais teve de ir dormir sem saber se estaria pobre ou rica na manhã seguinte. Sempre fora capaz de fazer alguma estimativa sobre a sua situação financeira no ano seguinte, ou dali a dez anos. Seus cálculos nem sempre foram corretos, principalmente durante os anos em que os títulos municipais andaram derretendo feito gelo ao sol; o fato, porém, é que as suas estimativas batiam perto. Isto deve ter sido um grande conforto.
Em contraste, durante os anos em que esteve acumulando a sua fortuna, Mary só era capaz dos palpites mais disparatados sobre o seu futuro. Houve, com toda certeza, noites em que dormiu muito mal, ou nem dormiu.
Houve épocas em que andou apavorada.
Mas, velam qual foi o seu retorno.
Muitos dos mais célebres operadores de Wall Street jamais esconderam que um estado de quase permanente preocupação é parte dos seus estilos de vida. Poucos, porém, dizem isto em tom de queixa. Ao contrário, falam quase com alegria. Gostam do modo como vivem.
Desses especuladores, um dos mais famosos foi Jesse Livermore, que brilhou em Wall Street no começo deste século. Alto, boa pinta, com os cabelos muito louros, onde ele aparecia atraía multidões. As pessoas viviam pedindo-lhe dicas de investimentos, e era permanentemente perseguido por repórteres de jornais e revistas que tentavam arrancar-lhe qualquer dito sábio. Certo dia, um jovem jornalista, muito sério, perguntou-lhe se, considerando toda a luta e as tensões para chegar lá, valia a pena ser milionário. Livermore respondeu-lhe que gostava muito de dinheiro, de forma que, sim, para ele valia a pena. Mas, o repórter insistiu, não havia noites que um especulador em ações passava sem dormir? Vale a pena a vida, quando se passa o tempo todo preocupado?
- Olha aqui, meu filho, ouça bem - disse Livermore - Toda atividade tem os seus problemas, os seus apertos.
Se você cuidar de abelhas, vai levar as suas ferroadas. No meu caso, são as preocupações. É aceitá-las ou continuar pobre. Se eu puder escolher entre preocupações e pobreza, sempre vou preferir as preocupações. Livermore, que fez e perdeu quatro imensas fortunas especulando na Bolsa, não apenas aceitava o estado de preocupação como parecia apreciá-lo. Certa noite, ele e Frank Henry estavam bebendo num bar, quando Livermore lembrou-se, de repente, que tinham um jantar. Telefonou para a anfitriã, apresentou suas embaraçadas desculpas, pediu mais um drinque e explicou a Frank Henry que costumava ficar distraído e esquecido quando estava no meio de uma jogada delicada de mercado. Frank observou que, tanto quanto havia reparado, jamais houvera um momento em que Livermore não estava envolvido numa jogada delicada de mercado. Livermore concordou na hora. Num determinado momento, se não estivesse metido numa jogada, preocupava-se com meia dúzia delas que estava armando para a semana seguinte.
Admitia que se preocupava o tempo todo com as suas especulações, até dormindo. Mas dizia que achava bom:
- É como eu gosto. Acho que não me divertiria nem a metade do que me divirto, se soubesse sempre como seria rico amanhã.
Frank Henry nunca se esqueceu destas palavras, e décadas mais tarde ainda as citava. Isto é o que expressa a filosofia do 1º Grande Axioma. Infelizmente, Jesse Livermore não dispôs de todos os outros Axiomas para socorrê-lo, e sua história não teve um final feliz. Mais adiante voltaremos a falar dele. Toda essa conversa acerca de riscos e preocupações pode dar a impressão que a vida de um especulador é passada à beira de um precipício. Não é verdade. Há momentos, é certo, que você sente os pêlos arrepiados, mas são raros e geralmente não duram muito. A maior parte do tempo você passa com preocupações suficientes apenas para dar algum sabor à vida. O nível de risco de que estamos falando não é, realmente, muito alto. Virtualmente, todas as jogadas financeiras visando lucro envolvem riscos, o indivíduo se dizendo especulador ou não. A única forma praticamente sem riscos de lidar com o dinheiro é colocá-lo em contas remuneradas em bancos, comprar títulos do governo americano ou guardá-lo numa forma qualquer de poupança.
Mas já vimos bancos quebrarem. Se o banco que guarda o seu dinheiro quebrar, você será ressarcido pela Federal Deposit Insurance Corporation (Empresa Federal de Seguros de Depósitos), mas só depois de longa demora, e sem juros. De repente, se uma dúzia de bancos explodissem ao mesmo tempo, numa espécie de catástrofe econômica nacional, nem a FDIC seria capaz de honrar seus compromissos. Quebraria junto. Numa situação dessas, ninguém sabe o que aconteceria com os depositantes. Felizmente, as chances de que este pesadelo ocorra são mínimas. Uma conta num banco americano, neste mundo cheio de turbulências, é o mais perto que se pode chegar de um investimento praticamente sem riscos.
Contudo, exatamente porque o risco é baixo é que o retorno é igualmente baixo. À cata de resultados melhores, homens de ânimo aquisitivo aplicam seu dinheiro em outras jogadas, mais arriscadas. Estranho como pareça, porém, a maioria faz isto sem admitir que é o que estão fazendo. Fazem de conta que agem com muita prudência e sensatez. Não estão assumindo riscos, não estão especulando, não estão... psiu, fale baixinho a palavra... jogando. Não, eles estão investindo. Vale a pena explorarmos as supostas diferenças entre investir e especular. Isto pode estar atrapalhando você na assimilação do 1º Grande Axioma. Nós, os estudiosos dos Axiomas de Zurique, nos chamamos, francamente, de especuladores. Você pode ficar com a impressão de que estamos lhe dizendo, ou de que viremos a lhe dizer, que corra riscos loucos e impensados. Pode lhe agradar mais a idéia de “investir” que a de especular. Ser um “investidor” parece mais seguro.
Na realidade, porém, não existe diferença alguma. Como dizia Gerald Loeb, que não tinha papas na língua:
- Todo investimento é especulação. A única diferença é que alguns admitem isso, e outros não.
Pessoas que se oferecem para aconselhá-lo na administração do seu dinheiro quase sempre se apresentam como assessores de “investimentos”, não de especulações. Parece mais sério, impressiona melhor, além de permitir cobrar mais pelos serviços. Toda a imprensa especializada, dos boletins informativos às principais revistas que cobrem as várias áreas de especulação, quase sempre identificam-se como publicações sobre “investimentos”. Mas todas, exatamente como fazem os Axiomas de Zurique, tratam é de especulação.
Existe até um tipo de papéis que os especialistas financeiros gostam de chamar de “investimentos padrão”.
Passa uma idéia de grande dignidade, assusta um pouco e dá a impressão de supersegurança. Falando desses papéis com a apropriada solenidade, um desses assessores é capaz de convencer um noviço de que se trata, afinal, do longamente buscado investimento de alto rendimento e sem riscos.
As ações da IBM, por exemplo. Não há papel mais blue. Em Wall Street, a IBM é apelidada de “Big Blue”.
Um investimento padrão como IBM não tem erro, não é verdade?
Pois é, não tem. Se houvesse comprado IBM em 1973, quando o papel atingiu o pico e todos os assessores de investimento do mundo empurravam, você teria de esperar nove anos para recuperar o capital. Teria sido melhor negócio guardar o seu dinheiro num pé de meia.
Por mais digno que pareça, não existe investimento sem risco. Para mais um exemplo, tomemos General Motors. É outra ação que, geralmente, aparece na lista de corretores como investimento padrão. Estava em todas as listas, em 1971, quando todo mundo achava que a GM seria a dona do mundo. Todos diziam que, com GM, não havia nada de especulativo. Era o tipo de papel que os inventariantes mais conservadores compravam para viúvas e órfãos. Era investimento.
Mas algo de errado aconteceu com esse investimento padrão. Se tivesse comprado em 71, no pico, 15 anos depois você ainda estaria esperando a volta do seu capital.
Chamar uma operação de “investimento” não modifica os fatos: uma jogada será sempre uma jogada. Era de se esperar que tivessem aprendido isto na débâcle de 1929, quando todo mundo viu que Wall Street não passava de uma gigantesca mesa de roleta, engolindo o dinheiro dos jogadores a uma velocidade espantosa. As histórias sobre papéis que eram investimentos padrão em 1929 são de chorar. New York Central Railroad custava 257 dólares, três anos depois estava a 9; Radio Corporation, ancestral da RCA, caiu de 574 dólares para 12, enquanto uma GM então bem mais jovem despencava de 1075 dólares para 40. Como dizia Loeb, todo investimento é especulação. Você traz o seu dinheiro e corre os riscos. Quer esteja apostando em GM ou em qualquer outra coisa, é um especulador. Melhor admiti-lo. Não faz sentido tentar se iludir. De olhos bem abertos, você entende melhor o mundo.

Os Axiomas de Zurique tratam de especulação, e não escondem esse fato. Isto não significa que tratam de
riscos assumidos loucamente. Quer dizer apenas que são muito francos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

PAI RICO, PAI POBRE/ SÉRIE 6

Os ricos não trabalham pelo dinheiro

Não contei para meu pai pobre que não estava mais sendo pago. Ele não teria entendido e eu não queria tentar explicar algo que eu próprio ainda não estava entendendo.
Durante três semanas, Mike e eu trabalhamos três horas, todo sábado, sem ganhar nada. O trabalho não me preocupava, e a rotina se tornou mais fácil. O que me deixava danado era perder os jogos de beisebol e não poder comprar os gibis.
Na terceira semana, por volta do meio-dia, apareceu pai rico. Ouvimos seu caminhão chegar ao estacionamento e fazer um barulhão quando o motor foi desligado. Ele entrou na loja e cumprimentou a senhora Martin com um abraço. Depois de verificar como a loja estava indo, ele abriu o freezer dos sorvetes, pegou dois picolés, pagou e chamou a mim e a Mike.
- Vamos dar uma voltinha, moçada.
Atravessamos a rua e fomos para um amplo gramado onde alguns adultos estavam jogando beisebol. Sentando em uma mesa de piquenique afastada, ele deu os picolés para mim e para o Mike.
- Como as coisas estão indo, garotos?
- OK - respondeu Mike. Concordei com ele.
- Aprenderam alguma coisa? - perguntou pai rico. Mike e eu olhamos um para o outro, levantamos os ombros e balançamos a cabeça em uníssono.

PAI RICO, PAI POBRE/ SÉRIE 5

"Os pobres e a classe média trabalham pelo dinheiro.
Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles."

Naquela bela manhã de sábado eu estava aprendendo um ponto de vista diferente daquele que meu pai pobre me ensinara. Aos nove anos de idade eu percebia que ambos os pais queriam que eu aprendesse. Ambos me incentivavam a estudar... mas não as mesmas coisas.
Meu pai muito instruído recomendava que fizesse o que ele fizera: "Filho quero que você estude muito, que tenha boas notas, para que você possa conseguir um bom emprego, seguro, em uma grande empresa, que lhe traga grandes benefícios". Meu pai rico queria que eu aprendesse como funciona o dinheiro para que eu pudesse colocá-lo a trabalhar para mim. Essas lições eu aprenderia ao longo da vida, sob sua orientação e não na sala de aula.
Meu pai rico continuou a primeira lição:
- Fico contente em ver que você se enfureceu por trabalhar por 10 centavos a hora. Se não tivesse se zangado e tivesse aceitado isso satisfeito, teria que lhe dizer que não poderia ensinar nada. Veja, aprender de verdade exige energia, paixão e um desejo ardente. A raiva é uma grande parte desta fórmula, pois a paixão é uma combinação de raiva e amor. No caso do dinheiro, a maioria das pessoas prefere não arriscar e se sentir seguras. Ou seja, não são conduzidas pela paixão, são conduzidas pelo medo.
- E por isso que elas aceitam um emprego com salário baixo? - perguntei.
- Sim - respondeu pai rico. - Algumas pessoas dizem que eu exploro os empregados porque não pago tanto quanto a usina de açúcar ou o governo. Eu digo que as pessoas se exploram a elas mesmas. O medo é delas, não meu.
- Mas o senhor não acha que deveria pagar mais para elas? - indaguei.
- Não tenho que fazê-lo. E, além disso, mais dinheiro não vai resolver o problema. Veja seu pai. Ele ganha bastante dinheiro e ainda assim não dá conta das despesas. A maioria das pessoas, se receber mais dinheiro, apenas passará a se endividar mais.
- Daí os 10 centavos por hora - eu disse rindo. - E parte da lição.
- Certo - sorriu pai rico. - Você vê, seu pai estudou muito de modo que conseguiu um salário alto. Mas ele ainda tem problemas financeiros porque nunca aprendeu nada sobre dinheiro na escola. E ainda por cima, ele acredita em trabalhar pelo dinheiro.
- E o senhor não acredita? - perguntei.
- Não, de verdade não - disse pai rico. - Se você quiser aprender a trabalhar pelo dinheiro então fique na escola. E um bom lugar para aprender isso. Mas se você quer aprender como fazer o dinheiro trabalhar para você, então vou lhe ensinar como fazer. Mas só se você quiser aprender.
- E todo o mundo não quer aprender isso? - indaguei.
- Não - respondeu pai rico. - Simplesmente porque é mais fácil aprender a trabalhar pelo dinheiro, em especial se o medo é a principal emoção quando se trata de discutir dinheiro.
- Não estou entendendo - retruquei franzindo as sobrancelhas.
- Não se preocupe com isso, por enquanto. Saiba apenas que é o medo que faz a maioria das pessoas trabalhar num emprego. O medo de não pagar as contas.
O medo de ser mandado embora. O medo de não ter dinheiro suficiente. O medo de começar de novo. Esse é o preço de aprender uma profissão ou habilidade e então trabalhar pelo dinheiro. A maioria das pessoas se torna escrava do dinheiro... e fica zangada com o patrão.
- Aprender a pôr o dinheiro a trabalhar para a gente é um tipo de estudo totalmente diferente? - perguntei.
- Sem dúvida, sem dúvida - respondeu pai rico.
Ficamos sentados em silêncio contemplando a bela manhã. Meus amigos deviam estar começando seu jogo de beisebol infantil. E, por alguma razão, agora eu estava feliz de ter decidido trabalhar por 10 centavos a hora. Sentia que estava a ponto de aprender alguma coisa que meus colegas não aprenderiam na escola.
- Pronto para aprender? - perguntou pai rico.
- Sem dúvida - respondi com um risinho.
- Estou cumprindo minha promessa. Estive ensinando a você de longe – falou pai rico. - Aos nove anos de idade você teve um gostinho do que é trabalhar pelo dinheiro. Multiplique seu mês passado por quinze anos e você terá uma idéia do que muitas pessoas passam a vida fazendo.
- Não entendo - falei.
- Como você se sentiu esperando na fila para falar comigo? Uma vez para ser contratado e outra para pedir um aumento?
- Péssimo - disse.
- Quando se opta por trabalhar pelo dinheiro, essa é a vida que levam muitas pessoas - disse pai rico. - E como se sentiu quando a senhora Martin pôs na sua mão 30 centavos por três horas de trabalho?
- Achei que não era suficiente. Parecia que não valia nada. Fiquei desapontado
- respondi.
- E assim que a maioria dos empregados se sente quando recebe seus contracheques. Especialmente com todos os descontos de impostos e outros itens. Pelo menos você recebeu 100%.
- O senhor está dizendo que a maioria dos empregados não recebe tudo? - perguntei espantado.
- Claro que não! - disse pai rico. - O governo sempre tira sua parte antes.
- E como é que ele faz? - perguntei.
- Impostos - disse pai rico. - Você paga impostos quando ganha. Você paga impostos quando gasta. Você paga impostos quando poupa. Você paga impostos quando morre.
- Por que é que as pessoas deixam que o governo faça isso com elas?
- Os ricos não deixam - disse pai rico com um sorriso. - Os pobres e a classe média deixam. Aposto que ganho mais que seu pai e, contudo ele paga mais impostos.
- E como pode ser? - perguntei. Aos nove anos de idade isso não fazia sentido para mim. - Por que alguém deixaria o governo fazer isso com ele?
Pai rico ficou sentado em silêncio. Acho que ele queria que eu ouvisse, em lugar de ficar falando besteira.
Finalmente me acalmei. Não tinha gostado do que ouvira. Sabia que meu pai vivia reclamando dos impostos que pagava, mas na verdade não tomava nenhuma atitude quanto a isso. A vida estaria batendo nele?
Pai rico se balançava em sua cadeira tranqüilamente enquanto olhava para mim.
- Pronto para aprender? - perguntou. Fiz que sim com a cabeça, lentamente.
- Como já falei, há muito a aprender. E aprender como se faz o dinheiro trabalhar para a gente é estudo para uma vida inteira. A maioria das pessoas fica quatro anos numa faculdade e aí termina os estudos. Eu sei que meu estudo sobre o dinheiro vai continuar toda minha vida, simplesmente por que quanto mais sei, mais descubro que tenho que aprender ainda. As pessoas em geral nunca estudam o assunto. Trabalha-se, recebe-se o salário, confere-se os canhotos do talão de cheques e isso é tudo. E ainda se espantam porque têm problemas de dinheiro. Então pensam que mais dinheiro vai resolver a situação. Poucos percebem que lhes falta instrução financeira.
- Então papai tem dificuldade com os impostos porque ele não entende de dinheiro? - perguntei confuso.
- Olha - disse pai rico. - Os impostos são apenas uma pequena parte do aprendizado para fazer o dinheiro trabalhar para você. Hoje, eu só queria descobrir se você ainda tem a paixão de aprender sobre dinheiro. A maioria das pessoas não tem. Elas querem ir para a escola, aprender uma profissão, divertir-se no trabalho e ganhar rios de dinheiro. Um dia acordam com sérios problemas financeiros e então não podem parar de trabalhar. Esse é o preço de só saber como trabalhar pelo dinheiro em lugar de estudar para saber como pôr o dinheiro a trabalhar para você. E então, você continua apaixonado por aprender? - perguntou pai rico. Acenei afirmativamente com a cabeça.
- Bom - disse pai rico. - Agora de volta ao trabalho. Desta vez não vou lhe pagar nada.
- O quê? - perguntei espantado.
- Você ouviu. Nada. Trabalhará as mesmas três horas no sábado, mas desta vez não receberá os l O centavos por hora. Você disse que queria aprender a não trabalhar pelo dinheiro, sendo assim não vou pagar nada.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.
- Já tive esta conversa com o Mike. Ele já está trabalhando, tirando a poeira e arrumando as latas para mim. Melhor você se apressar e correr para lá.
- Não é justo - gritei. - O senhor tem que pagar alguma coisa.
- Você disse que queria aprender. Se não aprender isso agora, será como aquelas duas mulheres e o homem que estavam sentados na minha sala: trabalham pelo dinheiro e esperam que eu não os mande embora. Ou como seu pai, ganhando rios de dinheiro apenas para ficar endividado até o pescoço e esperando que mais dinheiro resolva o problema. Se for isso o que você quer, então volte para aqueles 10 centavos a hora. Ou você pode ainda fazer aquilo que muitas pessoas acabam fazendo: reclamar que o salário não é suficiente, demitir-se e procurar outro emprego.
- Que é que eu faço? - perguntei.
Pai rico deu um tapinha em minha cabeça.
- Use isto - falou. - Se você usar bem, logo estará me agradecendo por ter-lhe dado uma oportunidade de se tornar um homem rico.
Fiquei parado, sem acreditar que eu estivesse embarcando nessa canoa. Queria conseguir um aumento e acabei sendo convencido a trabalhar de graça.
Pai rico voltou a dar um tapinha na minha cabeça e disse:
- Use isto. Agora fora daqui, de volta ao trabalho.