A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do
século X, quando um estudioso viajante
árabe,
Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do
Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do atual Moçambique.
No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história seja a fixação nesta região dos povos
bantus que, não só eram agricultores, mas introduziram a metalurgia do
ferro, entre os séculos
I e
IV.
Entre os séculos
X e
XIX existiram no território que atualmente é Moçambique vários estados bantus, o mais conhecido foi o império dos
Mwenemutapas (ou Monomotapa).
A penetração
portuguesa em Moçambique, iniciada no início do
século XVI, só em
1885 — com a partilha de
África pelas potências europeias durante a
Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do
século XX, a uma verdadeira administração colonial.
Vista panorâmica da cidade de
Maputo.
Depois de uma
guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em
25 de Junho de
1975, na sequência da
Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a
Frelimo os
Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime
socialista de partido único, cuja base de sustentação política e económica se viria a degradar progressivamente até à abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o
Banco Mundial e
FMI. A abertura do regime foi ditada pela crise económica em que o país se encontrava, pelo desencanto popular com as políticas de cunho socialista e pelas consequências insuportáveis da
guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.
Na sequência do
Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da
Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários
partidos em 1994.
Para além de membro da
ONU, da
União Africana e da
Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da
SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e, desde 1996, da
Organização da Conferência Islâmica.